Vestibular indígena 2023 da Unicamp e UFSCar tem abstenção de 50%: entenda por que índice é elevado e supera outros exames

Acesso ao campus da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri / Unicamp 1 de 1 Acesso ao campus da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri / Unicamp

Acesso ao campus da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri / Unicamp

O vestibular indígena 2023 unificado entre Unicamp e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) terminou com abstenção de 💥️50%, segundo boletim divulgado pela comissão organizadora (Comvest) na tarde desta segunda-feira (23). Entre os 💥️3.481 inscritos, 💥️1.743 deixaram de realizar a avaliação, mas a instituição ponderou, contudo, que esta foi a edição com mais participantes, 💥️1.738.

O exame ocorreu domingo em seis cidades de quatro estados: Campinas (SP), Dourados (MS), Manaus (AM), Recife (PE), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatinga (AM). Nesta edição, cada universidade oferece 💥️130 vagas na graduação e o número de candidatos inscritos foi recorde.

O gabarito da prova será divulgado nesta quarta-feira, segundo a Unicamp. Clique e veja a prova.

A ausência de metade dos inscritos já era esperada pela Comvest antes da aplicação do exame composto por 50 questões de múltipla escolha e uma redação. Ao 💥️g1, o diretor da comissão, José Alves de Freitas Neto, explicou quais dificuldades tornam o índice de abstenção elevado e superior de outros vestibulares, incluindo a modalidade tradicional da própria Unicamp, que teve 8,5% na 2ª fase.

Na edição anterior o índice foi de 💥️48,6%, e em 2023, em meio aos reflexos da pandemia, o resultado chegou a 💥️57,6%. A modalidade de vestibular é unificada com a UFSCar desde a edição anterior.

"O vestibular indígena é momento de reafirmação de identidades. É um público muito específico considerando as distâncias que precisam percorrer para chegar até a realização das provas. Eu acompanhei a realização em Recife, por exemplo, e os estudantes viajaram nove, 12 horas de ônibus. E para isso, dependiam de apoios, por exemplo, das próprias comunidades, de prefeituras, para poder ter um transporte e chegar até lá. Então, há um esforço muito grande da parte da organização nossa, aqui da Comvest, da Unicamp, de poder fazer o vestibular nos locais mais próximos onde eles estão, mas também há uma realidade específica dessa população", ressaltou o historiador.

💥️Ausências por cidade

"Em regiões como São Gabriel e Tabatinga, nós tivemos o maior número de inscritos e também a menor abstenção, o que demonstra que essas comunidades estão mobilizadas e envolvidas para a aplicação deste vestibular. Nas cidades maiores, como Manaus, Recife e Campinas, nós temos um índice de abstenção muito alto, tal como aconteceu em Dourados. Então, essa característica dos estudantes estarem distantes dos seus povos, às vezes não terem condições financeiras de chegar até as provas, não se sentirem preparados para poder realizar o exame, são alguns dos eventos que apontam para essa abstenção", ressaltou o diretor da Comvest.

Os candidatos precisaram comprovar durante a prova que pertencem a uma das etnias indígenas do território brasileiro, por meio da documentação indicada no edital. "Entre as etnias declaradas pelos candidatos, a maioria é Ticuna (28%), seguido das etnias Baré (17%) e Tukano (7%)", diz a Comvest.

site da Comvest;💥️Matrícula virtual - das 9h de 14/02 até 17h de 15/02 - pelo mesmo portal;💥️Ao todo estão previstas até cinco chamadas de candidatos.

O que você está lendo é [Vestibular indígena 2023 da Unicamp e UFSCar tem abstenção de 50%: entenda por que índice é elevado e supera outros exames].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...