Tesouro dos EUA sanciona ex-presidente do Paraguai e atual vice-presidente, cita corrupção
Horacio Cartes na cúpula do Mercosul de 2015 — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos impôs uma sanção nesta quinta-feira contra o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes e o atual vice-presidente Hugo Velázquez, citando "corrupção desenfreada que mina as instituições democráticas".
O órgão também colocou na lista de sanções quatro entidades pertencentes ou controladas por Cartes.
Cartes negou em julho irregularidades, quando os EUA fizeram as acusações pela primeira vez. Ele, Velázquez e um porta-voz de seu partido político, o governista Partido Colorado, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários nesta quinta-feira (26). Em uma rádio local, Velázquez classificou como falsas as acusações.
As sanções aumentam a pressão sobre o Partido Colorado apenas três meses antes das eleições presidenciais, marcadas para abril. O candidato do Colorado, Santiago Peña, enfrenta Efrain Alegre, um rival que representa uma coalizão de centro-esquerda.
Espera-se que a eleição seja acirrada, com várias questões em jogo, incluindo o reconhecimento de Taiwan pelo Paraguai. Efrain Alegre é a favor do corte de relações para aumentar as exportações para a China.
Entre várias acusações, o Tesouro disse que Cartes forneceu ajuda financeira e incentivos para pressionar seu partido a eliminar uma exigência que teria impedido que ele concorresse como candidato presidencial do partido. Ele também teria pago aos membros do grupo até US$ 10 mil dólares cada para apoiar sua candidatura antes das eleições de 2013.
Como presidente, Cartes teria feito pagamentos mensais a parlamentares de US$ 5 mil a US$ 50 mil por membro em troca de apoio. Em 2017, Cartes prometeu US$ 1 milhão para comprar os votos de parlamentares em uma tentativa malsucedida de aprovar uma reforma constitucional que lhe permitiria concorrer a um segundo mandato, apontou o Tesouro.
O Tesouro disse que Cartes e Velázquez têm laços com membros do Hezbollah, grupo designado pelos EUA como terrorista, que realiza eventos "regularmente" no Paraguai para trocar favores e propinas.
As sanções significam que todas as propriedades e interesses de Cartes e Velázquez nos EUA estão bloqueados, disse o Tesouro.
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