Empresário preso pela PF no ES alugou ônibus que levou bolsonaristas para Brasília
O empresário e ex-policial militar Valfrido Chieppe Dias, preso em Vila Velha, na Grande Vitória, durante a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (27) foi quem contratou o ônibus alugado para levar bolsonaristas radicais do Espírito Santo aos atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília (DF). A informação foi confirmada ao g1 pela 💥️Squad Viagens e Turismo LTDA., empresa contratada.
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A 💥️Squad Viagens e Turismo LTDA. faz parte do 💥️Grupo Águia Branca, gerido pela família Chieppe. Mas a empresa declarou que, apesar do sobrenome, Valfrido não tem vínculo de proximidade com a família proprietária do grupo, que nunca foi funcionário nem teve cargo na empresa.
No dia 12 de janeiro, a Squad Viagens e Turismo LTDA., sediada em Vitória, apareceu na lista de 52 pessoas e sete empresas apontadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) como financiadoras do transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios.
1 de 2 Valfrido Chieppe Dias é ex-policial militar e empresário e foi preso durante operação da PF no ES — Foto: Fernando Madeira/Rede GazetaValfrido Chieppe Dias é ex-policial militar e empresário e foi preso durante operação da PF no ES — Foto: Fernando Madeira/Rede Gazeta
Na ocasião, a Squad disse que não financiou a viagem, que recorria a terceiros quando necessitava alugar veículos para seus serviços e que havia encaminhado o nome do contratante da viagem às autoridades responsáveis.
Até o a última atualização, a Squad não confirmava se tinha ou não conhecimento sobre o itinerário da viagem contratada, nem havia divulgado o valor pago pelo contratante.
💥️Valfrido Chieppe Dias é dono da empresa Fortelink, localizada em Vila Velha.
Depois de ser detido, ele passou por exames no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória antes de ser levado para a sede da PF, no bairro São Torquato, também em Vila Velha.
O jornalismo da 💥️Rede Gazeta tenta contato com familiares e a defesa de Valfrido, mas ainda não teve retorno.
Em um vídeo postado em sua rede social 💥️, Valfrido Chieppe Dias aparece dentro do Congresso Nacional, no dia do ataque aos Três Poderes, mostrando os bolsonaristas golpistas destruindo o local.
Além da prisão de Valfrido, em Vila Velha, também foram cumpridos um mandado de busca e apreensão em Cariacica e Pancas.
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2 de 2 Salão térreo do Palácio do Planalto após atos de vandalismo — Foto: Adriano Machado/Reuters
Salão térreo do Palácio do Planalto após atos de vandalismo — Foto: Adriano Machado/Reuters
Os trabalhos fazem parte da terceira fase da operação Lesa Pátria e acontecem no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Segundo material divulgado, ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.
Os fatos investigados "constituem, em tese, os crimes de": abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Os números da operação foram divulgados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em uma rede social.
No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas radicais invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Desde então, houve vários desdobramentos, como: a prisão de vários desses terroristas; a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal; a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres; o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB); e a identificação de militares envolvidos nos atos.
A primeira fase da operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até a última atualização, seguia foragido.
Na segunda fase, a Polícia Federal em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos – filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.
Nesta quinta, a Polícia Federal também informou que a operação Lesa Pátria se torna permanente. Novas fases devem ser deflagradas conforme as investigações avancem. A PF informou que, com isso, haverá "atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas".
A corporação pede que informações sobre as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro sejam encaminhadas ao email denuncia8janeiro@pf.gov.br.
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