Secretário de Estado dos EUA adia ida à China após descoberta de balão misterioso

O secretário de Estado, Antony Blinken, 💥️adiou uma viagem diplomática no fim de semana à China, enquanto o governo do presidente Joe Biden avalia como responder à descoberta de um 💥️balão chinês de alta altitude 💥️voando sobre locais sensíveis no oeste dos Estados Unidos, disse uma autoridade norte-americana nesta sexta-feira (3).

A decisão abrupta veio apesar da alegação da China de que o 💥️balão é um satélite de pesquisa meteorológica que havia saído do curso. Os EUA descreveram o artefato como um 💥️satélite de vigilância.

A decisão veio poucas horas antes de quando se esperava que Blinken partisse de Washington para Pequim e marcou um novo golpe nas já tensas relações EUA-China. A autoridade disse que Blinken e o presidente Joe Biden determinaram que era melhor não prosseguir com a viagem neste momento.

As reuniões há muito esperadas de Blinken com altos funcionários chineses foram vistas em ambos os países como uma maneira de 💥️encontrar um terreno comum em meio a grandes desacordos como a situação de Taiwan, direitos humanos, Coreia do Norte, guerra da Rússia na Ucrânia, política comercial e mudanças climáticas.

Embora a viagem, que foi acordada em novembro pelo presidente Joe Biden e pelo presidente chinês, Xi Jinping, em uma cúpula na Indonésia, não tenha sido formalmente anunciada, autoridades em Pequim e Washington conversavam nos últimos dias sobre a chegada iminente de Blinken.

As reuniões deveriam começar no domingo e ir até segunda-feira.

Imagem mostra balão que sobrevoa território dos EUA e que Pentágono suspeita ser artefato de espionagem da China, em 1º de fevereiro de 2023. — Foto: Larry Mayer/The Billings Gazette via AP 1 de 1 Imagem mostra balão que sobrevoa território dos EUA e que Pentágono suspeita ser artefato de espionagem da China, em 1º de fevereiro de 2023. — Foto: Larry Mayer/The Billings Gazette via AP

Imagem mostra balão que sobrevoa território dos EUA e que Pentágono suspeita ser artefato de espionagem da China, em 1º de fevereiro de 2023. — Foto: Larry Mayer/The Billings Gazette via AP

A China afirmou que o misterioso balão que sobrevoa os Estados Unidos é um equipamento chinês usado para 💥️fins meteorológicos civis e científicos. Pequim pediu ainda 💥️desculpa pelo fato de o objeto ter 💥️ido parar no espaço aéreo norte-americano.

Na quinta-feira (2), o Pentágono -- sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos -- afirmou estar monitorando um artefato que sobrevoa o país há alguns dias e que desconfiava ser parte da espionagem da China aos EUA.

Pequim alegou que o balão foi parar no espaço aéreo norte-americano 💥️por conta de "ventos de oeste e capacidade de controle limitada" do balão.

Mais cedo, o Ministério chinês havia criticado Washington por "especular" com um fato ainda pouco conhecido, mas informou que estava apurando o caso.

"A China é um país responsável e estamos sempre observando as leis internacionais. 💥️Não temos intenção de invadir o espaço aéreo dos 💥️Estados Unidos", disse, mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning. "Esperamos que ambos os lados possam lidar com o assunto com calma e prudência."

O governo dos Estados Unidos ainda não haviam se manifestado sobre o caso até a última atualização desta notícia, apenas anunciou a mudança na viagem de Blinken.

China e Estados Unidos protagonizaram ao longo de 2022 alguns dos momentos de 💥️maior tensão diplomática entre os dois países em décadas.

A 💥️guerra da Ucrânia colocou os dois países em lados opostos.

Em agosto, a visita da então presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan irritou Pequim, que considera a ilha como parte de seu território e viu o gesto de Pelosi como uma 💥️provocação de Washington.

Ao longo do ano, os Estados Unidos também cobraram uma posição da China contra 💥️as ambições nucleares da Coreia do Norte, mas Pequim nunca se manifestou e é vista como💥️ aliada de Pyongyang.

Já em novembro, no entanto, um encontro inédito entre os líderes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, durante a cúpula do G20 na Indonésia, baixou as temperaturas da relação bilateral.

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