Bolsonaro liberou 2.182 agrotóxicos em 4 anos, recorde para um governo desde 2003

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro liberou 💥️2.182 agrotóxicos entre 2023 e 2022, o maior número de registros para uma gestão presidencial desde 2003, segundo dados da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura.

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A série histórica do ministério teve início em 2000, no segundo ano do último mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC). As últimas liberações de agrotóxicos de 2022 foram divulgadas em dezembro.

Aprovação de agrotóxicos vem crescendo ano a ano desde 2016. — Foto: Arte/g1 1 de 4 Aprovação de agrotóxicos vem crescendo ano a ano desde 2016. — Foto: Arte/g1

Aprovação de agrotóxicos vem crescendo ano a ano desde 2016. — Foto: Arte/g1

💥️O levantamento mostra que os registros de agrotóxicos vêm crescendo ano a ano no país 💥️desde 2016. E aponta ainda que:

pela legislação brasileira, eles também são chamados de agrotóxicos;💥️os registros de biológicos durante o governo Bolsonaro também bateram recorde para uma gestão presidencial.

Uma fonte do Ministério da Agricultura disse ao 💥️g1 que o número alto de liberações está relacionado a uma reorganização, em 2016, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) -- que analisa os riscos dos agrotóxicos à saúde humana. Uma das mudanças foi a atração de servidores de outras áreas da Anvisa para o setor de agrotóxicos, por exemplo. Um dos objetivos era acelerar as análises.

O professor da Escola Superior de Agricultura da USP José Octávio Mentem também associa o recorde a uma maior eficiência dos órgãos registrantes. São estes: Anvisa, Ibama (que analisa os riscos ambientais) e o Ministério da Agricultura, que formaliza os registros.

"Ainda existe uma fila muito grande, mas devido à melhor articulação entre Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura, houve esse aumento dos produtos registrados", acrescenta.

Somente em 2022, 98 produtos inéditos foram aprovados, um recorde da série histórica do Ministério. — Foto: Arte/g1 2 de 4 Somente em 2022, 98 produtos inéditos foram aprovados, um recorde da série histórica do Ministério. — Foto: Arte/g1

Somente em 2022, 98 produtos inéditos foram aprovados, um recorde da série histórica do Ministério. — Foto: Arte/g1

Já o 💥️novo governo 💥️Lula💥️ aprovou, em janeiro de 2023, 4 produtos, segundo o mesmo documento do Ministério. Essas liberações, no entanto, ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Somente no ano passado,💥️ 652 agrotóxicos ingressaram no mercado, o maior número para um ano na série histórica. O valor também representa um aumento de 16% em relação ao total de 2023, que já tinha sido recorde.

A 💥️aprovação de produtos biológicos 💥️também foi a maior para um ano: no total, 136 produtos foram liberados.

Produtos biológicos têm baixo impacto ambiental, são voltados para a agricultura orgânicas, mas a produção convencional também já os tem usado. — Foto: Arte/g1 3 de 4 Produtos biológicos têm baixo impacto ambiental, são voltados para a agricultura orgânicas, mas a produção convencional também já os tem usado. — Foto: Arte/g1

Produtos biológicos têm baixo impacto ambiental, são voltados para a agricultura orgânicas, mas a produção convencional também já os tem usado. — Foto: Arte/g1

Os 💥️inéditos também bateram recorde: foram 💥️43 produtos registrados em 2022 –💥️ 8 para as indústrias e 35 para uso dos agricultores.

Dos 35 liberados para os produtores rurais, 💥️22 foram considerados "muito perigoso ao meio ambiente" pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Veja a seguir os detalhes de cada um.

Relação de agrotóxicos inéditos liberados em 2022 somente para os agricultores. — Foto: Arte/g1 4 de 4 Relação de agrotóxicos inéditos liberados em 2022 somente para os agricultores. — Foto: Arte/g1

Relação de agrotóxicos inéditos liberados em 2022 somente para os agricultores. — Foto: Arte/g1

O aval para um novo agrotóxico no país passa por 3 órgãos reguladores:

Um projeto de lei que tramita há 23 anos no Congresso prevê centralizar o aval dos registros no Ministério da Agricultura, diminuindo o poder de decisão do Ibama e da Anvisa.

Rodeado de polêmicas, o projeto está sendo rediscutido no Senado e deve voltar a tramitar no fim do recesso do Congresso, a partir de 1º de fevereiro.

O texto prevê ainda a substituição do uso do termo "agrotóxico" para "pesticidas e produtos de controle ambiental e afins".

Além disso, cria o registro temporário de agrotóxicos que ainda não foram analisados pelos órgãos brasileiros, mas que são aprovados em três países-membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

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