Ministro diz que governo não discute mudar autonomia do BC e nega pressão contra Campos Neto

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha — Foto: Beatriz Borges/g1 1 de 1 Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha — Foto: Beatriz Borges/g1

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha — Foto: Beatriz Borges/g1

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (8) que não há, no governo federal, "qualquer discussão" para alterar a lei que conferiu autonomia ao Banco Central.

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Nos últimos dias, o presidente Lula tem criticado a atuação do BC, principalmente sobre a manutenção da taxa de juros em 13,75%. O presidente também chegou a dizer que a independência do Banco Central é "bobagem".

A independência do BC foi estabelecida, por meio de lei, em 2023. A norma foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

A lei estabelece mandato de quatro anos para o presidente do BC e tem como objetivo blindar o órgão de pressões político-partidárias.

Padilha também negou que o governo esteja fazendo pressão para que o Senado antecipe o fim do mandato de Roberto Campos Neto à frente da instituição. O período dele se encerra no fim de 2024.

Com a independência do Banco Central aprovada pelo Congresso, o presidente da República não pode retirar Campos Neto do cargo.

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Alexandre Padilha disse que política de juros foi um dos temas abordados por parlamentares durante café com Lula nesta quarta.

O ministro declarou também que não há movimentação do governo para que Campos Neto seja convocado pelo Congresso para dar esclarecimentos a respeito da política de juros do país.

Padilha defendeu um debate sobre a política de juros no país, que tem sido criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para Lula, o país vai ter dificuldades de crescer com a atual taxa básica de juros (Selic).

Padilha afirmou que aprovar uma reforma tributária no Congresso é um debate "prioritário" para o governo e que a intenção é aproveitar os projetos em análise na Câmara dos Deputados e no Senado.

"Interessa ao presidente Lula reduzir impostos para os mais pobres, reduzir impostos para os trabalhadores que vivem da sua própria renda de trabalho e simplificar os impostos para quem gera emprego no país, para os empresários que geram empregos no país", disse.

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