Polícia investiga suposta mensagem antissemita na casa de Anne Frank, na Holanda

Casa de Anne Frank, ha Holanda, pode ser visitada virtualmente durante a quarentena contra o coronavírus. — Foto: Reprodução/redes sociais 1 de 1 Casa de Anne Frank, ha Holanda, pode ser visitada virtualmente durante a quarentena contra o coronavírus. — Foto: Reprodução/redes sociais

Casa de Anne Frank, ha Holanda, pode ser visitada virtualmente durante a quarentena contra o coronavírus. — Foto: Reprodução/redes sociais

A polícia holandesa afirmou que está investigando uma mensagem projetada com laser na fachada da casa de Anne Frank em Amsterdã, um incidente descrito como "puro antissemitismo" pela prefeitura da cidade.

"Aconteceu nesta semana, nos indicaram e estamos investigando", disse um porta-voz da polícia, sem dar mais detalhes.

A mensagem fazia referência a uma teoria da conspiração de extrema direita, segundo a qual a jovem vítima do Holocausto não seria autora do diário pelo qual ela é conhecida.

Alguma imagens da projeção foram publicadas em uma conta privada na rede social Telegram.

O Museu e Casa de Anne Frank, visitado por cerca de um milhão de pessoas por ano, expressou choque e repulsa. Os administradores do espaço também disseram que haviam denunciado o incidente para a polícia e que mantinham comunicação com a prefeitura e o Ministério Público.

O museu declarou que descobriu que a mensagem foi projetada na fachada por vários minutos na noite de segunda-feira (06), após a divulgação de um vídeo no Telegram.

"Com a projeção e o vídeo, os autores atacam a autenticidade do diário de Anne Frank e incitam o ódio. Trata-se de um vídeo antissemita e racista", diz o museu.

O primeiro-ministro Mark Rutte condenou o ato.

"Não há lugar para o antissemitismo no nosso país, nunca podemos, nem devemos aceitá-lo", disse Rutte no Twitter.

Para a ministra da Justiça, Dilan Yesilgoz-Zegerius, este incidente mostra que é necessário haver leis contra negacionistas do Holocausto.

A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, condenou o incidente e o qualificou como "puro antissemitismo".

A adolescente judia e sua família se esconderam durante dois anos em um lugar secreto da casa, após a ocupação nazista da Holanda na Segunda Guerra Mundial. Eles foram capturados 1944.

Anne e sua irmã morreram em 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen.

Encontrado por seu pai, o diário de Anne Frank se tornou uma das histórias mais conhecidas do Holocausto e possui cerca de 30 milhões de exemplares vendidos.

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