Israel tem protestos em massa e greve geral enquanto Netanyahu avança no Parlamento com sua polêmica reforma judicial
Manifestantes enfrentam policiais na porta do Parlamento de Israel, em Jerusalém, durante protesto contra a reforma judicial proposta pelo governo, em 13 de fevereiro de 2023. — Foto: Ammar Awad/ Reuters
A semana será decisiva para a sobrevivência da democracia em Israel, onde a coalizão de extrema direita liderada por Benjamin Netanyahu agiliza a aprovação de uma controversa reforma judicial, que💥️ mina o poder da Suprema Corte e dá 💥️mais poderes ao Parlamento controlado pelo governo.
Não por acaso, o presidente Isaac Herzog assumiu um tom fatídico na rara intervenção que fez ao neste domingo (12), em cadeia nacional: 💥️“Estamos à beira de um colapso constitucional e social.”
A 💥️primeira rodada de votação no Parlamento nesta segunda-feira (13) coincide com uma greve geral, organizada por centenas de empresas de tecnologia, de advocacia, que culminará com uma marcha de manifestantes para a sede do Legislativo, em Jerusalém.
Pela sexta semana consecutiva, dezenas de milhares de israelenses protestaram, aos sábados, contra a reforma do Judiciário capitaneada pelo premiê Netanyahu.
Muito se especula sobre o interesse e o empenho pessoal de Netanyahu no projeto, que abrira caminho para o premiê livrar-se dos três processos por corrupção em que é julgado e se diz inocente.
Responsável pela formulação das acusações contra Netanyahu, o ex-procurador-geral Avichai Mendelblit resumiu.💥️ “Esta não é uma reforma, mas uma mudança completa no DNA em que fomos criados.”
2 de 2 Manifestantes em Jerusalém protestam contra reforma judicial sugerida pelo premiê de Israel, em 13 de fevereiro de 2023. — Foto: Oded Balilty/ APManifestantes em Jerusalém protestam contra reforma judicial sugerida pelo premiê de Israel, em 13 de fevereiro de 2023. — Foto: Oded Balilty/ AP
Na véspera da votação, o presidente Herzog apresentou um plano de cinco pontos que serviriam de base para um acordo negociado e impediram a mudança radical que o governo tenta passar.
“Todos nós sentimos que estamos um momento antes de um confronto violento. O barril de pólvora está prestes a explodir e o irmão vai levantar a mão contra o irmão”, vaticinou o presidente.
Diante da pressão, 💥️o premiê tem se mostrado irredutível sobre uma proposta de conciliação, alegando que os eleitores encamparam uma revisão na ação do Judiciário. Uma pesquisa divulgada pelo Canal 12 refletiu, contudo, a falta de apoio popular às mudanças propostas pelo governo:💥️ apenas um em cada quatro israelenses deseja que a reforma judicial siga adiante.
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