Dupla de luxo dos bastidores do carnaval completa 20 anos de bons serviços prestados na Sapucaí

Leo e Pedrão celebram 20 anos de Sapucaí confeccionando fantasias de rainhas, musas e casais de mestre-sala e porta-bandeira — Foto: Divulgação/Fausto Ferreira 1 de 3 Leo e Pedrão celebram 20 anos de Sapucaí confeccionando fantasias de rainhas, musas e casais de mestre-sala e porta-bandeira — Foto: Divulgação/Fausto Ferreira

Leo e Pedrão celebram 20 anos de Sapucaí confeccionando fantasias de rainhas, musas e casais de mestre-sala e porta-bandeira — Foto: Divulgação/Fausto Ferreira

Nesta época do ano, eles trabalham mais de 15 horas por dia e suam para fazer bonito na Sapucaí. Ou melhor, para musas, rainhas e casais de mestre-sala e porta-bandeira brilharem na avenida. Porque há 20anos, sempre a postos para ajuste de emergência, o carnaval dos estilistas Leonardo Leonel e Leandro dos Santos, acontece nos bastidores dos holofotes da Passarela do Samba.

Para o carnaval de 2023, eles estão concluindo as indumentárias dos casais da Imperatriz Leopoldinense, Paraíso do Tuiuti e Acadêmicos do Grande Rio, do Grupo Especial, além de Império da Tijuca, União da Ilha do Governador, Unidos de Padre Miguel e Inocentes de Belford Roxo.

Coroa folheada a ouro, em forma de boné do CPX, da rainha da Imperatriz, foi o destaque do trabalho de Leo e Pedrão antes dos desfiles — Foto: Divulgação/Imperatriz Leopoldinense 2 de 3 Coroa folheada a ouro, em forma de boné do CPX, da rainha da Imperatriz, foi o destaque do trabalho de Leo e Pedrão antes dos desfiles — Foto: Divulgação/Imperatriz Leopoldinense

Coroa folheada a ouro, em forma de boné do CPX, da rainha da Imperatriz, foi o destaque do trabalho de Leo e Pedrão antes dos desfiles — Foto: Divulgação/Imperatriz Leopoldinense

Sendo, que este ano, os holofotes se voltaram para os estilistas. Eles ganharam destaque ao assinar o mais original dos adereços: a coroa banhada a ouro em forma de boné com a inscrição CPX, usada pela rainha de bateria da Imperatriz, Maria Mariá.

Aliás, a fantasia com a qual a rainha vai estrear na avenida também está sendo confeccionada por Leo e Pedrão - apelido de crianças de Leandro - no Ateliê Aquarela Carioca, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A casa que, de agosto em diante - quando os carnavalescos começam a entregar os figurinos do carnaval - tem o maior entra e sai de celebridades momescas. Perfeccionistas, os estilistas não fazem menos de quatro provas antes de entregar as fantasias.

Egressos de um projeto social da escola mirim Herdeiros da Vila, Pedrão e Leo começaram a confeccionar fantasias de ala. Foram ganhando confiança e experiência. Hoje, duas décadas depois da primeira fantasia, além das escolas de samba do Rio, eles produzem indumentárias de luxo para escolas de Nova Friburgo (RJ), Uruguaiana (RS) e até para o Uruguai.

Os estilistas Leo e Pedrão são responsáveis por fantasias de luxo de mestres-salas e porta-bandeiras, como a do casal da Tuiuti — Foto: Divulgação/Diego Mendes 3 de 3 Os estilistas Leo e Pedrão são responsáveis por fantasias de luxo de mestres-salas e porta-bandeiras, como a do casal da Tuiuti — Foto: Divulgação/Diego Mendes

Os estilistas Leo e Pedrão são responsáveis por fantasias de luxo de mestres-salas e porta-bandeiras, como a do casal da Tuiuti — Foto: Divulgação/Diego Mendes

A vida entre penas de faisão, plumas, pedrarias, cristais e tecidos nobres dedicação e responsabilidade dobrada. Afinal, a roupa dos casais tem de ter caimento perfeito para não atrapalhar o bailado, despencar e causar perda de preciosos décimos no quesito.

Mas não importa a antecedência da encomenda, o cliente - no caso, os casais, musas e rainhas - só recebem o figurino pronto uma semana antes do desfile. Todo o cuidado é pouco para evitar problemas, já que normalmente são fantasias grandes, pesadas, cheias de detalhes, que precisam ser guardadas em local adequado para não amassar, evitar quebra de penas ou descolamento de pedras, por exemplo.

Se até o início do carnaval são eles que brilham entre máquinas de costura e bordados, no dia das apresentações das escolas, a dupla normalmente age na penumbra, atrás da saia uma porta-bandeira, da cabeça de uma rainha ou esplendor de uma musa. E sempre com um adereço indispensável: o estojo de primeiros socorros, com agulhas, linhas, cola e uma infinidade de materiais para garantir que nada saia do lugar durante o desfile.

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