Governo avalia novo fechamento do espaço aéreo sobre Terra Indígena Yanomami, diz Dino

O ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo 1 de 1 O ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo avalia um novo fechamento do espaço aéreo na região da Terra Indígena Yanomami.

Dino deu a informação ao conceder uma entrevista coletiva na sede do ministério, em Brasília.

Indígenas da região atravessam uma grave crise sanitária, com dezenas de casos de malária e desnutrição grave. O avanço do garimpo ilegal na área é apontado como uma das causas do problema.

Segundo o ministro Flávio Dino, o objetivo do novo fechamento do espaço aéreo é "agilizar" a saída de garimpeiros que ainda permanecem na região.

"Na quarta-feira próxima, eu e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, vamos fazer uma nova reunião para planejamento das próximas etapas e, provavelmente, haverá novo fechamento do espaço aéreo sobre o território Yanomami nas próximas semanas", afirmou o ministro da Justiça.

"Estamos avaliando, a PF, junto conosco, Força Nacional, Ministério da Defesa, que esta medida deve ser antecipada para agilizar a saída de garimpeiros que ainda permanecem no território Yanomami", acrescentou.

No último dia 13, seria encerrado o prazo da liberação dos chamados "corredores aéreos" para que os garimpeiros deixassem a região de forma voluntária, e a Força Aérea Brasileira iria retomar o controle sobre o espaço aéreo do local. No entanto, o prazo foi adiado para até 6 de maio.

Na avaliação do ministro da Justiça, como o período dado aos garimpeiros para deixar a área indígena de forma voluntária ficou "muito alongado", ele acreditar ser necessário fechar novamente o espaço aéreo na região.

"Como a janela ficou muito alongada, até 6 de maio, temos a hipótese de que isso levou a uma redução do ritmo [de saída dos garimpeiros] porque a janela ficou alongada. Na próxima semana, vamos reavaliar o fechamento para que o prazo não seja tão extenso. Se reduz [o prazo] para agilizar porque, empiricamente, os delegados que estão lá afirmaram que infelizmente ainda permanecem garimpeiros lá", declarou.

Questionado sobre quantos garimpeiros já deixaram a região e quantos ainda permanecem na área indígena, Flávio Dino diz que somente na próxima semana esses números deverão ser conhecidos.

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