Inflação do carnaval: cerveja ficou quase 15% mais cara desde 2023

Tradição do chope e novidade da cerveja artesanal se fundem em Ribeirão Preto, SP — Foto: Érico Andrade/g1 1 de 1 Tradição do chope e novidade da cerveja artesanal se fundem em Ribeirão Preto, SP — Foto: Érico Andrade/g1

Tradição do chope e novidade da cerveja artesanal se fundem em Ribeirão Preto, SP — Foto: Érico Andrade/g1

O folião que quiser tomar uma cervejinha no carnaval deste ano vai sentir a diferença no bolso. Segundo um levantamento feito pela XP Investimentos a pedido do 💥️g1, a cerveja para consumo fora do domicílio ficou 14,8% mais cara desde o último carnaval de rua antes da pandemia, em fevereiro de 2023.

E para quem prefere passar as comemorações bebendo a cerveja em casa, o cenário é ainda pior: de acordo com a XP, no caso das bebidas compradas em supermercados e lojas para consumo dentro do domicílio, 💥o aumento dos preços chegou a 24,5% na mesma base de comparação.💥

Já ao considerar o carnaval de rua fora de época, que aconteceu em abril no ano passado, as altas de preços foram de 9,5% nas cervejas compradas para consumo dentro de casa e de 5,3% para o consumo fora do domicílio.

Segundo Tatiana Nogueira, economista da corretora, são várias as explicações para essa alta inflacionária. Além do 💥️aumento nos preços das commodities no mercado internacional por conta dos 💥️efeitos climáticos — inclusive no trigo, uma das principais matérias-primas para a produção de cerveja —, ainda pesam os 💥️efeitos advindos da guerra na Ucrânia, como o aumento nos preços de fertilizante, por exemplo.

A maior pressão inflacionária também atingiu aqueles que decidiram pular o carnaval em outra cidade. Segundo o levantamento da XP, as passagens aéreas ficaram 40% mais caras em relação ao último carnaval antes da pandemia, em fevereiro de 2023. Já em comparação à festa fora de época feita em abril do ano passado, 💥️esse aumento foi de 71%.

Ela explica, ainda, que o motivo de a diferença de preços ser menor em comparação a 2023 do que em relação a abril por conta das medidas de isolamento social.

“Durante 2023 e o primeiro semestre de 2023, principalmente, os preços caíram muito porque não era possível fazer viagem nenhuma. Por isso os preços acabam mais sensíveis no curto prazo, já que a reabertura permitiu a volta das viagens e, portanto, o repasse de preços”, disse.

O aumento dos preços também foi visto nas passagens de ônibus interestaduais. Nesse caso, o aumento foi de 10,6% desde 2023 e de 9,6% em relação a abril do ano passado.

Não foram apenas os preços da cerveja que subiram. Segundo um outro levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), 💥a inflação do carnaval acumulou uma alta de 15,50% em 12 meses.

A lista é formada por 26 itens, que vão desde alimentos e bebidas até tarifas de transporte e anticoncepcionais.

Segundo o economista do Ibre/FGV, Matheus Peçanha, o maior repasse de preços no setor de serviços pode ser visto de maneira mais clara desde o ano passado, com a reabertura dos estabelecimentos após o período de lockdown por conta da Covid-19.

Para ele, a expectativa é que este ano ainda apresente uma demanda focada em serviços, mas com impactos menores da inflação, uma vez que há a perspectiva de que o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) comece a ter efeito na economia.

De acordo com o último relatório Focus do Banco Central, a projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) para este ano está em 💥️5,79%. O número representa um aumento de 0,4 ponto percentual (p.p.) em comparação às projeções vistas há um mês (5,39%) e ainda está acima do teto da meta para 2023, de 4,75%.

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