UFRJ interdita prédio do Colégio de Aplicação por más condições

Um laudo técnico da UFRJ condenou o prédio onde funciona a educação infantil do Colégio de Aplicação da universidade (CAP-UFRJ). O início das aulas, programado para o dia 6 de fevereiro, foi adiado.

O prédio foi condenado depois da direção da unidade pedir uma vistoria para atestar que o local estava seguro para receber os alunos na volta às aulas. Mas o documento comprovou as más condições do imóvel.

Onze dias depois da data de início das aulas, o prédio ainda estava fechado e não havia previsão para o retorno. A unidade atende cerca de 60 crianças da educação infantil — de 2 a 5 anos.

O ensino é considerado de excelência. Mas, a estrutura do prédio é precária. Responsáveis temem pela segurança das crianças.

“Me sinto com medo, me sinto insegura. Hoje o que mantém a maioria das crianças aqui é a qualidade dos professores, que a gente não tem o que discutir sobre isso. Mas realmente a estrutura está deixando muito a desejar”, diz Bianca Rosa de Freitas, mãe de um aluno.

Teto com infiltração no Cap-UFRJ — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 2 Teto com infiltração no Cap-UFRJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Teto com infiltração no Cap-UFRJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Os sinais de abandono são visíveis. A pintura está descascando, as paredes não têm reboco e estão com rachaduras. Pais de alunos dizem que pedem soluções desde o início do ano passado.

O escritório técnico da universidade, responsável pela vistoria, recomenda enfaticamente que as atividades continuem suspensas até que o edifício ofereça condições de segurança plena.

“O mínimo que o gestor tem que fazer é entregar a estrutura mínima de funcionamento da instituição”, reforça a mãe Laura Maur.

Prédio da UFRJ é condenado por más condições — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 2 Prédio da UFRJ é condenado por más condições — Foto: Reprodução/TV Globo

Prédio da UFRJ é condenado por más condições — Foto: Reprodução/TV Globo

Adriano, pai de outro estudante, fez um dossiê das condições da escola no ano passado e apresentou para a direção. Rachaduras, fiação exposta, infiltrações e buracos no piso são alguns dos problemas citados.

Uma parte do reboco do teto chegou a cair em maio do ano passado. Na época, um outro laudo mostrava que esse era o único ponto de risco imediato e que a área já estava isolada. O problema ainda não foi solucionado.

"Imagina, você pode ter um prédio que venha abaixo, né? Como você vai trazer o seu filho pra um local assim?”, questiona a pedagoga Isis Perdigão.

A solução apresentada pela UFRJ foi transferir os alunos para a unidade da Lagoa, na Zona Sul. E em vez de período integral, os alunos ficariam em horário parcial.

"A gente quer uma solução imediata, ter um lugar pra colocar nossos filhos pra eles poderem se desenvolver”, completa um pai.

A 💥️UFRJ afirma que tomou providências emergenciais depois das últimas vistorias, mas que, por falta de orçamento, não conseguiu fazer todos os reparos necessários.

A universidade também diz que o prédio tinha condições, mas com as chuvas das últimas semanas e a deterioração ao longo dos anos, a direção optou por garantir a segurança dos alunos. E completa que está tomando providências para realocar o colégio e oferecer melhores condições a todos.

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