Paraíso do Tuiuti usa o truque da galinha morta para driblar falta de material e altos custos

Paraíso substitui alumínio por escamas de acetato, millenium e espuma, material mais leve, mais barato e com o mesmo efeito — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 1 de 3 Paraíso substitui alumínio por escamas de acetato, millenium e espuma, material mais leve, mais barato e com o mesmo efeito — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Paraíso substitui alumínio por escamas de acetato, millenium e espuma, material mais leve, mais barato e com o mesmo efeito — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Para contar a história da chegada dos búfalos indianos à Ilha de Marajó, no Pará, os carnavalescos Rosa Magalhães e João Vítor Araújo tiveram de ressignificar o trabalho. Principalmente no que diz respeito à utilização dos materiais para fazer um belo e grandioso desfile. Eles usaram o chamado truque da galinha morta.

"Depois da pandemia, muitos fornecedores ainda não voltaram a produzir o suficiente para suprir a demanda. Então, tivemos de ser criativos. Usamos o truque da galinha morta, é que fingir que usou um material, mas na verdade é outro mais barato, mas com o mesmo efeito", explicou o carnavalesco.

O enredo da Tuiuti pede um carnaval colorido e grandioso. Como os carnavalescos não encontraram os materiais que desejavam, deram asas à criatividade e puseram mãos à obra.

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Costureira da Paraíso do Tuiuti levaram dois meses para produzir 15 mil fuxicos que serão usados em fantasias e alegoria — Foto: Divulgação/Paraíso do Tuiuti 2 de 3 Costureira da Paraíso do Tuiuti levaram dois meses para produzir 15 mil fuxicos que serão usados em fantasias e alegoria — Foto: Divulgação/Paraíso do Tuiuti

Costureira da Paraíso do Tuiuti levaram dois meses para produzir 15 mil fuxicos que serão usados em fantasias e alegoria — Foto: Divulgação/Paraíso do Tuiuti

A vida não foi fácil para os aderecistas da Tuiuti, como destaca João Vítor. Sem dispor de alumínio suficiente para cobrir o corpo de quatro enormes monstros marinhos - que reza a lenda, teriam sido responsáveis pelo naufrágio que levou os búfalos a Marajó - João decidiu usar material alternativo: acetato prateado brilhoso, millenium prateado (material semelhante a tecido corrugado) e espuma.

"Com o truque da galinha morta, você sai do óbvio, ganha tempo, economiza e tem o mesmo efeito. Levamos três meses fazendo as cem mil escamas de 'alumínio' que vão cobrir os monstros aquáticos. A um custo infinitamente menor. Pelo orçamento de 2023, só em alumínio a escola gastaria entre R$ 80 mil a R$ 100 mil. Com os rolos de millenium e de acetato gastamos R$ 4 mil. O efeito visual é o mesmo, com o mesmo brilho, e o carro ainda ficou muito mais leve", revelou João Vítor.

Fuxicos de tamanhos variados dão colorido a fantasias e ao último carro da Paraíso do Tuiuti — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 3 de 3 Fuxicos de tamanhos variados dão colorido a fantasias e ao último carro da Paraíso do Tuiuti — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Fuxicos de tamanhos variados dão colorido a fantasias e ao último carro da Paraíso do Tuiuti — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

As costureiras também tiveram muito trabalho. Para as fantasias e alegoria dos setor da festa o Búfalo-Bumbá, foram confeccionados 15 mil fuxicos, com as sobras dos tecidos. São 10 mil fuxicos em fantasias e outros cinco mil, em tamanho maior, na decoração do carro. Um trabalho que exigiu o empenho de praticamente todo o barracão, por aproximadamente dois meses.

"Deu trabalho, sim, não nego. Mas a Rosa tem sempre tudo muito bem planejado. Ficou tudo pronto dentro do cronograma. E até muito mais bonito. Agora, é só segurar a ansiedade até entrar na Sapucaí", disse João Vítor.

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