Lutador suspeito de agressão no carnaval tem condenação por violência doméstica; veja VÍDEO
Um dos lutadores de MMA apontados como suspeitos de dar socos e chutes em um jovem em uma festa de carnaval na Quarta-feira de Cinzas (22) em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, já tem uma condenação por violência doméstica contra uma ex-namorada. Pela determinação da Justiça, Luís Alberto Nogueira, o Betão, não poderia estar na rua no horário em que Renato de Araújo Sardinha Filho foi agredido.
A condenação é de 2023. Segundo a ex-namorada, Marcella Brito, o lutador não aceitava o fim do relacionamento. As agressões foram filmadas por uma testemunha.
No vídeo, Luiz Alberto a arrasta pela rua e a joga no chão. Ela desmaia.
Em outro trecho das imagens, ele dá um tapa na cabeça da mulher, que grita e chora.
Marcella contou que o lutador se mostrou agressivo desde o primeiro mês de namoro.
"Nunca começa com um tapa. Era um empurrão, um puxão de cabelo e daí para pior", contou.
1 de 3 Marcella Brito contou que lutador não aceitava o fim do relacionamento — Foto: Rafael Nascimento/ g1Marcella Brito contou que lutador não aceitava o fim do relacionamento — Foto: Rafael Nascimento/ g1
Luís Alberto foi condenado pela Justiça a cumprir medidas restritivas durante dois anos. Entre elas, está a de ficar em casa no período entre 22h e 6h da manhã. A confusão no bloco de carnaval aconteceu por volta das 3h da madrugada, horário em que ele não poderia estar na rua.
“Eu fiquei por muito tempo quieta, por medo, por vergonha. Quando eu vi a situação do Renato, eu vi a impunidade. Talvez, se ele ficasse privado de liberdade, fosse condenado, ele não teria agredido outra pessoa. Eu fiquei com aquela sensação: se eu não consegui Justiça pra mim, mas será que a gente não consegue justiça pro menino?”, questionou Marcella.
Sobre as agressões do lutador contra a ex-namorada, o advogado de defesa de pai e filho não se pronunciou até a última atualização desta reportagem.
2 de 3 Renato ficou com vários ferimentos no rosto e em outras partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal
Renato ficou com vários ferimentos no rosto e em outras partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal
Renato está internado no com traumatismo craniano no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. A mãe dele, Aline Cristina Bastos de Siqueira, conta que o encontrou desmaiado.
Segundo testemunhas, os dois lutadores de MMA, Luís Alberto e o filho, Paulo Roberto Nogueira, socaram e depois chutaram o rapaz, mesmo depois de caído no chão.
"O meu filho estava em um bloco de carnaval, em Campo Grande, junto com outros dois amigos. Esses caras, estavam andando, e o pai esbarrou no meu filho. Ele perguntou se o meu filho queria tomar uma porrada. Ele foi pra cima do meu filho e deu uma rasteira. Em seguida, o filho dele deu um soco por trás do meu filho, que caiu desmaiado. Meu filho no chão e eles continuaram espancando meu filho, que estava desacordado. Ninguém fez nada. Recebi uma ligação, fui até lá e meu filho estava todo machucado".
O caso foi registrado como tentativa de homicídio. De acordo com Aline, os médicos ainda avaliam o alcance dos traumas e escoriações. Ela afirma que ele nunca se envolveu em brigas.
"O estado dele é estável ele está sendo avaliado pela neurocirurgia devido aos traumas na cabeça, edema, sangramento, e ele teve um traumatismo craniano. Quebrou osso da têmpora, com uma lesão forte, escoriações pelo corpo. Mãos, joelho, ombros, ele está com muita dor", afirmou a mãe.
3 de 3 Pai e filho foram à Delegacia de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para prestar depoimento — Foto: Reprodução/ TV Globo
Pai e filho foram à Delegacia de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para prestar depoimento — Foto: Reprodução/ TV Globo
Pai e filho prestam depoimento na 35ª DP (Campo Grande) nesta sexta. Em entrevista a uma página de notícias sobre Campo Grande no Instagram, na noite da última quinta (23), Luís Alberto e Paulo afirmaram que apenas o filho deu um único soco em Renato, que desmaiou. Eles contaram que a briga começou após o jovem chamar os dois de “macacos”. E que Renato foi socorrido por Paulo após cair no chão.
“Passamos no meio do tumulto e esse rapaz esbarrou comigo. Aí, eu falei: ‘Cara, o que é isso? Qual foi?’ E ele: ‘Qual foi, ô macaco fedorento da p****?’ E eu: ‘O que é isso? Por que está falando assim comigo?’ Nisso meu filho já entrou e discutiram. E ele vai com o copo, com a mão, em direção ao meu filho, para empurrar ou dar um soco, não sei o que foi. E dar um soco foi a reação que o meu filho teve”, disse Luís Alberto.
O lutador afirmou que ele e a família receberam ameaças por causa da repercussão do caso. E que acredita nas investigações da Polícia Civil, que deve buscar imagens de câmeras de segurança que comprovariam a versão dos dois.
“Vamos provar. Espero que consigam os vídeos, a polícia com certeza vai atrás dos vídeos. Vamos provar que eu não fiz nada. Estão botando o meu nome. Eu não encostei nesse garoto. Como se tivesse sido eu que agredi o garoto, eu que bati, chutei. Eu não fiz nada”, afirmou.
Em depoimento, ele confirmou a versão aos policiais civis.
Paulo Roberto confirmou a versão do pai e insistiu que prestou socorro ao jovem.
“O recado que eu tenho para falar é que ele errou também em vir para cima e a minha reação foi me defender. E, mesmo assim, eu peço desculpas. A minha intenção não era que acontecesse o que aconteceu com ele. Mesmo assim eu prestei socorro”, disse Paulo Roberto.
Na manhã desta sexta, os investigadores recolheram um HD de um prédio próximo ao local onde ocorreu a briga. As imagens serão analisadas.
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