Barreiras e controle de traficantes chegam a atrasar em 40 minutos acesso do Samu a comunidades da Baixada Fluminense
No segundo capítulo da série de reportagens sobre as 💥️barricadas instaladas por bandidos em comunidades do Rio, o RJ2 mostrou como a prática criminosa prejudica o atendimento de serviços de saúde a moradores.
Trabalhadores que atuam no Samu e nos hospitais disseram para as equipes do telejornal que as dificuldades em acessar as comunidades chegam a atrasar em 40 minutos o atendimento e há vezes em que ele precisa ser suspenso.
“Em praticamente 90% das ocorrências, o local tem barricada”, disse uma funcionária de serviços de saúde em São João de Meriti. Na cidade, todas as ambulâncias tomam a mesma rotina ao entrar em comunidades.
As luzes indicam que o veículo está em atendimento e, por isso, são ligadas antes de sair da base. Ao se aproximar de uma barreira, toda iluminação externa é desligada, inclusive os faróis.
"Aí, vem uma pessoa desse poder paralelo, olha a ambulância e depois disso aí autoriza a nossa entrada. Ou mandam para algum local que não tem barricadas fixas para poder ter acesso e retirar essa barricada para poder entrar", diz um trabalhador do setor de saúde.
“Muitas vezes ambulâncias chegam nas emergências com demora no atendimento deles , mas nem por culpa deles. muitas vezes eles tem que entrar em área de risco. Então, quando eles trazem o paciente para gente, muitas vezes o paciente já está grave”, acrescenta um médico.
Ele lembra uma vez em que a demora para ir de encontro ao paciente - a equipe teve que pedir autorização para entrar numa comunidade - foi de 40 minutos e ele veio a falecer. “Esse momento é sensação de impotência. ou seja ao invés de estar ali com paciente, estava com os bandidos conversando”.
“Todo dia fica essa sensação de será que hoje vai ser o dia que eu vou ser baleado no trabalho? Ou será que hoje vai ser o dia que eu não vou voltar? Fica essa sensação”, questiona outro médico, que atua em Caxias.
Um enfermeiro do Samu da capital viveu essa situação. Em junho do ano passado, foi baleado a caminho de um resgate em Ramos, na Zona Norte. Ele estava na moto-ambulância da prefeitura.
“Eu caído no chão, verifiquei logo em seguida que tinham acertado a minha perna. E nisso desceu um motoqueiro e a gente avisou: poxa, é o Samu! É o Samu! É o Samu. É o serviço 192. Avisa aí, por favor, que não é a polícia não”, lembra.
A reportagem também mostrou como o serviço de coleta de lixo enfrenta dificuldades, em regiões como São Gonçalo e Saracuruna.
Em São Gonçalo, rotas de coleta de lixo que seriam feitas em 1h chegam a levar 3h por causa dos desvios.
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