Corregedor da Receita disse ter sido pressionado a poupar funcionário suspeito de investigar desafetos da família Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro e João José Tafner em imagem de setembro de 2018 em Jaguariúna (SP). — Foto: Reprodução/Instagram 1 de 1 Eduardo Bolsonaro e João José Tafner em imagem de setembro de 2018 em Jaguariúna (SP). — Foto: Reprodução/Instagram

Eduardo Bolsonaro e João José Tafner em imagem de setembro de 2018 em Jaguariúna (SP). — Foto: Reprodução/Instagram

O corregedor da Receita Federal, 💥️João José Tafner, afirmou ter sofrido pressão para poupar um funcionário do órgão suspeito de, em meados de 2023, quebrar irregularmente os sigilos fiscais de desafetos da família Bolsonaro.

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A pressão, segundo Tafner, veio de dois ex-funcionários da Receita que ocupavam cargos da cúpula do órgão durante a gestão do ex-presidente.

A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta quarta-feira (1º) e confirmada ao 💥️blog por fontes que acompanham a investigação.

O 💥️blog procurou Tafner, mas ele não se manifestou.

Tafner é um aliado do clã do ex-presidente – chegou a fazer campanha para o ex-presidente – e foi colocado no cargo por Flávio Bolsonaro.

Flávio é, justamente, um dos interessados nas quebras de sigilo irregulares, já que um dos alvos foi Eduardo Gussem, ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro. Gussem foi responsável pelas investigações contra o filho do presidente por suspeita de rachadinha (desvio de verba de funcionários) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

As quebras de sigilo, que também foram reveladas pela "Folha de S.Paulo", foram realizadas em 2023 pelo então chefe de inteligência da Receita, Ricardo Feitosa. As quebras atingiram, além de Gussem, o empresário Paulo Marinho, um ex-aliado de Bolsonaro, e Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo do ex-presidente.

A conduta de Feitosa foi alvo de uma investigação interna da Receita. Nela, Tafner sugeriu que Feitosa seja demitido. A decisão final cabe ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve aceitar a recomendação.

Em nota divulgada nesta quarta, a Receita afirma que, em 3 de janeiro, recebeu "relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado".

Segundo o órgão, o caso foi registrado em ata, que foi enviada à Corregedoria do Ministério da Fazenda.

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