'Fatalidade', 'acidente', pedido de 'perdão': sobreviventes relatam o que aconte
Barco que naufragou na Baía de Guanabara é recuperado — Foto: Reprodução
Sobreviventes da traineira Caiçara, embarcação que naufragou na Baía de Guanabara no dia 5 de fevereiro deixando 8 mortos, lembraram dos momentos anteriores e posteriores ao acidente.
O g1 teve acesso com exclusividade aos quatro depoimentos — do condutor e de três sobreviventes. Neles, as vítimas contaram que houve uma💥️ "fatalidade" e o que aconteceu no dia foi um 💥️"acidente".
Elas lembraram também que o condutor, 💥️Marcos Paulo da Silva Correa, de 45 anos, após ser socorrido, voltou para o mar para tentar resgatar as pessoas que estavam na água. Veja quem são as vítimas.
💥️Vítimas resgatadas com vida:
💥️Vítimas que morreram:
O caso é investigado pela 35ª DP (Ilha do Governador) como negligência, imperícia ou imprudência. A distrital aguarda um laudo da Capitania dos Portos para finalizar o inquérito.
Os depoimentos foram prestados entre os 💥️dias 6 e 13 de fevereiro. Falaram aos investigadores, além de Marcos Paulo, 💥️Ana Paula de Souza, 💥️Ana Nilda dos Santos Soares e 💥️Eric Pereira da Silva. Em todas as declarações, os sobreviventes lembraram que havia coletes disponíveis para todos, inclusive para as crianças e os adolescentes.
💥️Veja abaixo alguns relatos:
Uma pessoa afirmou que já dentro da embarcação "pôde ver alguns (coletes) alojados acima da cabine do comandante". E que, após o acidente, "foi lançada ao mar e após nadar entrou em uma canoa que estava presa à traineira e, juntamente com cinco pessoas, subiu na embarcação (Caiçara) que já se encontrava mais estabilizada".
O ocupante destacou ainda que "antes do acidente todos os passageiros estavam sentados e bem distribuídos e que entende que houve fatalidade quanto ao fato ocorrido (naufrágio)". Por fim, lembrou que "o passeio não foi pago e sim uma ação entre amigos e que já com a situação controlada Marcos Paulo auxiliou as vítimas do acidente se esforçando para resgatar para resgatar as pessoas caídas ao mar".
Outro sobrevivente lembrou que o grupo de amigos ficou na Ilha de Jurubaíba até, aproximadamente, 15h30 e que durante todo o tempo que eles permaneceram no local "as condições climáticas eram boas, apesar de existirem nuvens que não sinalizava a possibilidade de chuva".
"Mais ou menos na metade do percurso foi possível visualizar que em direção da Ilha do Governador o tempo se encontrava fechado e com nuvens carregadas e no sentido Jurubaíba o tempo estava claro", relatou.
O sobrevivente destacou também que "de uma forma repentina começou a ventar muito forte, seguido de pancadas de chuva". Disse ainda que estava sentado na proa da embarcação com outros passageiros, mas que de repente ouviu alguém chamar para que todos fossem para o interior da cabine.
A pessoa falou que um vento forte atingiu a traineira e a balançou de um lado para o outro. Em seguida, aconteceu o naufrágio.
O ocupante também confirmou que havia coletes na traineira, embora as pessoas não usassem. "Marcos ficou prestando auxílio aos demais, no sentido de resgatá-los e muito preocupado com o que ocorreu, tendo inclusive na ambulância pedido perdão", disse.
Outra pessoa relatou que o condutor da embarcação, durante a tempestade, "fazia todas as manobras necessárias para manter o barco no rumo". E que, "no ato do tombamento, foi arremessada, junto com seus filhos mais velhos na água".
2 de 2 Embarcação vira na Baía de Guanabara — Foto: DivulgaçãoEmbarcação vira na Baía de Guanabara — Foto: Divulgação
O ocupante disse que "quando lutava para sobreviver, pôde perceber 'Marquinho' se apoiando em uma pequena embarcação, a qual é utilizada para embarque e desembarque da traineira". O sobrevivente contou que recebeu ajuda do condutor da traineira para subir na canoa e em seguida conseguiu salvar duas meninas (mulheres).
O sobrevivente afirmou que "imputa ao acidente uma imensa fatalidade e que Marquinho fez de tudo para contornar os problemas causados pela tempestade".
Por sua vez, Marcos Paulo disse aos investigadores que é pescador desde os 14 anos de idade, tem autorização para pilotar e que desde 2022 tinha a embarcação Caiçara. Ele lembrou também que chegou a fazer uma vistoria no barco um dia antes e que a ideia do passeio foi da esposa, uma das vítimas do naufrágio.
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