Disputa entre PT e PSD por vagas na Petrobras é apenas um dos problemas de Lula na base aliada

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Reprodução 1 de 1 O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Reprodução

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Reprodução

A disputa entre PT e PSD por vagas no Conselho de Administração da Petrobras é apenas um dos sinais de atritos na base aliada do presidente Lula, que podem acabar complicando votações do governo no Congresso Nacional.

Há ainda problemas no União Brasil – com parlamentares aderindo à CPI Mista que pode ser criada para apurar os atos golpistas de 8 de janeiro – que está mandando recados de insatisfação para o Palácio do Planalto. Lula já disse ser contra o colegiado.

No caso do Conselho de Administração, o PT não gostou de algumas indicações feitas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que, garante, foram todas combinadas com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está em conflito com o ministro. Teoricamente, a estatal está subordinada a Alexandre Silveira, mas Jean Paul tem contato direto com o presidente Lula.

Já houve uma troca na relação inicial dos indicados. E outras podem ser feitas. O governo aguarda a análise do Sistema de Nomeações e Consultas (Sinc) para checar se todos estão em conformidade com as regras de governança da Petrobras.

Sobre um dos nomes em análise, pesam a suspeita de conflito de interesse e questões trabalhistas. Carlos Eduardo Tuchetto Santos foi indicado pelo ministro Alexandre Silveira. O candidato nega irregularidades.

“Se algum nome estiver fora de conformidade, se o Sinc apontar impedimentos, os nomes serão trocados”, disse o ministro Alexandre Silveira. Ele acrescentou que todas as indicações foram submetidas ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

No caso do União Brasil, apesar de ter três ministérios (Comunicações, Turismo e Desenvolvimento Regional), a bancada na Câmara dos Deputados não se sente "representada" e uma ala da legenda ameaça votar contra projetos do governo.

O maior recado veio com a decisão de, praticamente, metade dos deputados do partido decidir assinar a CPMI dos atos golpistas, proposta por bolsonaristas.

Além disso, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está debaixo de fogo cruzado, acusado de receber irregularmente diárias e usar de forma indevida avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O presidente Lula espera explicações do ministro das Comunicações na próxima semana para mantê-lo no cargo.

Tudo que o presidente não quer é uma crise com o União Brasil, que lhe dá problemas mesmo tendo ganhado três ministérios. Além das Comunicações, tem Daniela Carneiro, no Turismo; e Waldez Góes, no Desenvolvimento Regional.

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