SP volta atrás 4 anos depois de aval e diz que Unicamp 'não atende a critérios' para receber Bom Prato

Refeição servida pelo Bom Prato, antes da pandemia — Foto: Governo de São Paulo 1 de 1 Refeição servida pelo Bom Prato, antes da pandemia — Foto: Governo de São Paulo

Refeição servida pelo Bom Prato, antes da pandemia — Foto: Governo de São Paulo

Quatro anos após autorizar a abertura de uma unidade do restaurante Bom Prato no principal campus da Unicamp, em Campinas (SP), o governo de São Paulo voltou atrás ao considerar que o espaço "não atende a critérios para instalação". O assunto veio à tona no fim de 2018. 💥️Veja abaixo detalhes.

Em nota, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social explicou que a implantação "obedece a uma série de parâmetros", como o atendimento prioritário à população em vulnerabilidade social para o enfrentamento à fome e insegurança alimentar. Atualmente, a unidade fixa em Campinas está localizada na Avenida Moraes Sales, no Centro, e registra média de 💥54 mil refeições por mês.

"Alunos em situação de vulnerabilidade contam com um restaurante terceirizado no local, que cobra cerca de R$ 3 a refeição", diz nota da pasta sem fazer considerações aos demais públicos. Além disso, a assessoria alegou que a secretaria iniciou estudos sobre implantação de novas unidades no interior de São Paulo, mas os municípios precisam atender critérios do programa e ter orçamento.

Até meados do ano passado, o governo de São Paulo não projetava datas ou investimentos, mas ainda condicionava a abertura de uma unidade à divisão de custos com a universidade.

À época, a Secretaria de Desenvolvimento alegou que a universidade precisava avaliar as exigências feitas pelo Programa Bom Prato para tentar viabilizar a unidade: arcar com metade do custo das refeições, e integralmente com os valores de investimento e construção do imóvel para o restaurante.

No período em que o aval foi concedido pelo governo, entretanto, a pasta indicou que a previsão era da Unicamp ter no campus localizado no distrito de Barão Geraldo uma estrutura capaz de oferecer diariamente até 1,5 mil almoços e 300 cafés da manhã.

Cada almoço ou jantar custa 💥️R$ 1, e o valor do café da manhã é de 💥️R$ 0,50. O programa é voltado para pessoas desempregadas, sem renda ou que tenham renda mínima, além de moradores em situação de rua que têm direito à gratuidade quando estão cadastrados pela prefeitura, destacou o estado.

Atualmente, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Unicamp pagam 💥️R$ 3 por refeição nos restaurantes universitários, enquanto o valor é de 💥️R$ 10,60 para docentes e pesquisadores.

Questionada sobre a nova posição do governo, a Unicamp voltou a relatar dificuldades para atender às condições de implantação do Bom Prato, por conta de "restrições institucionais e de características específicas da demanda pelo serviço". Além disso, manifestou que há esforços em busca de alternativas para que principalmente beneficiários e acompanhantes dos serviços oferecidos pela área de saúde tenham alternativas de acesso à alimentação segura, saudável e de baixo custo.

"No caso da Unicamp, o público-alvo, constituído, prioritariamente, por beneficiários e acompanhantes da área de saúde, em situação de vulnerabilidade social, não é oriundo apenas do município de Campinas, mas de uma macrorregião que congrega pelo menos 86 municípios, podendo ainda incluir outras áreas do estado de São Paulo e do Brasil. Assim, a implantação do programa no campus de Campinas exige a ação coordenada deste conjunto de instituições", informava nota da assessoria da universidade ao fazer referência sobre uma resolução do próprio governo de São Paulo em que ela indica a possibilidade das prefeituras atuarem como parceiras no custeio das refeições.

No período em que houve aval, a universidade destacou que a chegada do Bom Prato seria para complementar a estrutura do campus, que conta com restaurantes universitários. A instalação ficaria perto do Hospital de Clínicas, com objetivo de atender aos pacientes e parentes atendidos nesta unidade, e demandas relacionadas ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).

O assunto também chegou a ser tratado como uma das principais reivindicações da reitoria anterior junto ao governo paulista.

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