Ibovespa fecha em alta, com China e fiscal em foco; Azul salta mais de 45%

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta segunda-feira (6). Investidores repercutiram o plano de crescimento anunciado pela China e seguem monitorando eventuais sinais sobre os juros nos Estados Unidos. No Brasil, as atenções ficaram nos detalhes da nova regra fiscal que substitui o teto de gastos e no noticiário corporativo.

Ao final do pregão, o Ibovespa avançou 0,80%, aos 104.700 pontos. Veja mais cotações.

Entre os destaques, 💥️os papéis da Azul saltaram 46,27% e lideraram os maiores ganhos do Ibovespa, após acordo da empresa com arrendadores de aeronaves que deve permitir que seu fluxo de caixa seja positivo em 2024. 💥️Gol veio logo em seguida com um avanço de 24,95%, refletindo a notícia de que a holding Abra fechou o investimento que fará na área brasileira por meio de uma série de operações, incluindo US$ 451 milhões em dinheiro.

Na sexta-feira, o Ibovespa teve alta de 0,52%, aos 103.865 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular perdas de 4,37% no ano. No mês, tem variação positiva de 0,01%.

No exterior, o governo da China anunciou no domingo (5) um plano de retomada na economia com meta de crescimento de 5%, depois de uma desaceleração durante os anos de pandemia. O crescimento no ano passado foi de 3%, um dos ritmos mais fracos desde a década de 1970.

O primeiro-ministro Li Keqiang, principal autoridade econômica, estabeleceu a meta após o fim das políticas de "Covid zero" que mantiveram milhões de pessoas em casa e desencadearam protestos.

“Devemos dar prioridade à recuperação e expansão do consumo”, disse Li em um discurso sobre os planos do governo perante o Congresso Nacional do Povo cerimonial no Grande Salão do Povo no centro de Pequim.

As bolsas de valores da China caíram nesta segunda-feira, já que o anúncio acabou minando expectativas de grandes estímulos econômicos.

O cenário no gigante asiático ainda se refletiu nos preços do minério de ferro no exterior e, consequentemente, também tiveram impacto nas ações de empresas do setor de mineração e siderurgia. Por aqui, 💥️os papéis da Vale caíram mais de 3% e figuraram entre as maiores perdas do Ibovespa.

Já no Brasil, o foco dos agentes econômicos está nos detalhes do novo arcabouço fiscal do país, que substituirá o teto de gastos. O Ministério da Fazenda dá sinais de que pretende entregar a proposta antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em busca de mostrar ao órgão a disposição em resolver as contas do país.

Nos próximos dias 21 e 22 de março, o Copom decide o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A equipe econômica espera uma sinalização mais positiva por parte do Banco Central, para que possa esperar uma diminuição dos juros do país e ajuda no crescimento.

O governo deve usar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita como referência para despesa na nova regra fiscal, conforme publicou o jornal “O Globo” durante o fim de semana. Conforme o jornal, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer que o novo arcabouço indique que a relação dívida/PIB deve ficar estável, e não, necessariamente, que cairá no curto ou médio prazo.

Entre os indicadores, o boletim Focus desta segunda-feira mostra que os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 0,84% para 0,85%. Foi a terceira alta seguida na estimativa.

Já a estimativa de inflação do mercado financeiro para este ano ficou inalterada em 5,90% na última semana.

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