Pagamento instantâneo no Brasil será desenvolvido e administrado pelo BC
Segundo o regulador bancário, a centralização da chamada base de dados de endereçamento permitirá realizar pagamentos de maneira intuitiva e simplificada (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O 💥️Banco Central anunciou nesta quarta-feira que o sistema de pagamentos instantâneos terá a base de dados desenvolvida e administrada pelo próprio órgão.
“Para maximizar ganhos de escala e efeitos de rede típicos da indústria de pagamentos, e tendo em conta sua criticidade para o bom funcionamento do ecossistema de pagamentos, a base de dados de endereçamento centralizada será desenvolvida e gerida pelo BC”, diz trecho do comunicado.
Segundo o regulador bancário, a centralização da chamada base de dados de endereçamento permitirá realizar pagamentos de maneira intuitiva e simplificada, usando informações como número de telefone ou conta de e-mail, de forma segura.
A Reuters publicou em julho que o BC pretende implementar o sistema, que permite realizar transferências de valores de forma automática, 24 horas por dia, sete dias por semana, em 2023, o que deve impactar receitas do setor de pagamentos eletrônicos.
Em preparação para esse cenário, as instituições financeiras vêm lançando produtos e soluções de pagamentos automáticos, de forma gratuita, mas em circuito fechado.
Para executivos do setor, a principal função do pagamento instantâneo deve ser a de substituir transações hoje pagas com dinheiro em espécie ou boletos. Transações de valores maiores, ou em parcelas, tenderiam a seguir sendo feitas por canais tradicionais, como TED ou mesmo com cartões de crédito.
Bancos e fintechs vinham aguardando a definição pelo BC do modelo a ser adotado para o funcionamento do pagamento instantâneo no país, o que deve ter grande influência sobre os modelos de negócios de várias instituições.
Com um modelo centralizado, o regulador opta por um sistema diferente do sistema chinês, concentrado nas plataformas Wechat e Alipay, que não conversam entre si. Aqui, o sistema será interoperável com as transações sendo liquidadas numa plataforma central, como a CIP.
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