Volta da oposição ao poder na Argentina é “tragédia final”, diz Guedes
Guedes ponderou que não pode interferir nos assuntos internos argentinos e, por se tratar de um país vizinho, membro do Mercosul, precisa “dizer que tamo junto” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O 💥️ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que o governo argentino hesitou em tomar as medidas necessárias para ajustar a economia e deu, assim, “chance para voltar (ao poder) justamente quem quebrou o país antes”.
“Não queremos cair no problema que a Argentina caiu de hesitar no primeiro ano, hesitar no terceiro e no final tá tudo degringolando. E aí, a tragédia final, volta os que quebraram. A turma que quebra volta para acabar de quebrar”, afirmou Guedes ao discursar em fórum do Instituto Formação de Líderes em Belo Horizonte.
O candidato de oposição de centro-esquerda à Presidência da Argentina, Alberto Fernández, derrotou o presidente Maurício Macri nas eleições primárias do país e a expectativa é que saia vitorioso nas eleições gerais de outubro. Ele tem como vice em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.
Guedes ponderou que não pode inteferir nos assuntos internos argentinos e, por se tratar de um país vizinho, membro do Mercosul, precisa “dizer que tamo junto”.
“Mas a grande verdade é que, se ninguém fizer o ajuste, perde o espaço e dá a chance para voltar justamente quem quebrou o país antes”, disse Guedes. “O que não é problema nosso, é problema deles”, acrescentou.
Segundo Guedes, ao contrário do que ocorreu na Argentina, o governo Jair Bolsonaro está tendo um primeiro ano de sacrifício. “É um ano de plantar”, afirmou. A expectativa é que no ano que vem a economia esteja se movendo bem melhor e que decole em 2023, chegando a 2022 “em velocidade de cruzeiro”, disse o ministro.
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