O que os tubarões da Bolsa sabem e você não? Cálculo revela os rastros dos “insiders”
A atuação dos investidores nas semanas que antecedem as publicações de resultados dão pistas importantes (Imagem: Ralph Orlowski/Reuters)
A temporada de 💥️resultados das empresas de capital aberto chegou. Este é o momento em que os investidores podem, enfim, saber a situação real daqueles pedacinhos de empresa que possuem no bolso.
Mas como saber se as ações irão se movimentar com base nestes números? O que acontece, muitas vezes, é que estas flutuações já acontecem muito tempo antes. Afinal, a compra e venda de ativos é, para quase todo mundo, uma aposta sobre o que vai acontecer no futuro.
Seria ingênuo, contudo, acreditar que nenhuma informação do dia a dia da companhia é vazada para o público. Muitas vezes, o vaivém de mercadorias, fornecedores e funcionários deixa um rastro de informações para trás. E, claro, também há atuação dos “insiders”. Aqueles que usam estes dados de maneira criminosa.
Fica assim clara a importância de analisar o comportamento do mercado, principalmente entre a divulgação dos últimos resultados, até os dias que antecedem a publicação dos próximos balanços.
O analista Pablo Cossaro calculou a probabilidade de o comportamento dos investidores prever o rumo dos balanços
O 💥️Credit Suisse fez este trabalho e revelou em um relatório obtido pelo 💥️Money Times e publicado nesta sexta-feira (18) algumas ações que deixaram rastros importantes.
“Até o final da segunda semana do mês passado, as empresas da América Latina divulgaram os balanços do segundo trimestre de 2023, iniciando o período de silêncio de quatro semanas que acaba hoje antes dos resultados do terceiro trimestre”, pontua o analista Pablo Cossaro.
Ele criou um cálculo que ajuda a, na ausência de prévias dos números, usa as revisões das projeções de lucros nestas quatro semanas para identificar dicas sobre o desempenho recente de cada empresa. Foram analisadas aproximadamente 240 ativos.
As produtoras de proteínas estão em destaque na análise conduzida pelo Credit Suisse (Foto: Money Times)
Cossaro identificou que o comportamento das ações dos frigoríficos 💥️JBS (💥️JBSS3), 💥️Minerva (💥️BEEF3) e 💥️Marfrig (💥️MRFG3) indicam um resultado provavelmente bom. Ainda no setor de alimentos, a 💥️BRF (💥️BRFS3) – dona das marcas Sadia e Perdigão & e M. Dias Branco – fabricantes de alimentos prontos como o macarrão Adria – também chamam a atenção.
A lista continua com a produtora de açúcar e etanol 💥️São Martinho (💥️SMTO3) e a administradora de terrenos agrícolas 💥️SLC Agrícola (💥️SLCE3). Os papéis da petroquímica 💥️Braskem (💥️BRKM5) e da produtora de painéis de madeira e materiais de revestimento 💥️Duratex (💥️DTEX3) também são destacadas.
Em menor escala, a 💥️Kroton (💥️KROT3), 💥️Ser Educação (💥️SEER3) e 💥️Yduqs (💥️YDUQ3) marcam presença.
O desempenho recente das ações da Petrobras sugere que o balanço deve ser positivo (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
E a Petrobras?
A atuação dos investidores nas últimas semanas revela que o mercado projeta um bom desempenho para a 💥️Petrobras (💥️PETR4), indica o Credit Suisse.
A 💥️Cosan (💥️CSAN3), que produz etanol, açúcar, além de gerir os postos Shell, também está em posição de destaque.
As empresas do setor de papel e celulose, como a Suzano, podem ter um desempenho ruim
Sinais ruins
Por outro lado, os investidores deveriam evitar as ações das produtoras de papel e celulose 💥️Klabin (💥️KLBN11) e 💥️Suzano (💥️SUZB3), da gestora de universidades 💥️Ânima Educação (💥️ANIM3) e da 💥️Ultrapar (💥️UGPA3), que é a dona dos postos Ipiranga.
Sobre a Ânima, o banco pontua que “a consolidação nesta indústria não impediu que as empresas publicassem quedas sequenciais em seus indicadores de retorno sobre o capital investido. Além disso, o momento para os resultados continua ruim. A Ânima é a pior delas”.
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