Dólar fecha em alta a R$ 4,00, mas tem em outubro 2ª maior queda mensal do ano
No fechamento do mercado interbancário, o dólar subiu 0,55%, a 4,0091 reais na venda nesta quinta-feira. A valorização é a mais forte desde 15 de outubro (Imagem: Pixabay)
O 💥️dólar fechou em firme alta na comparação com o real nesta quinta-feira, mas acumulou em outubro a segunda maior queda mensal do ano, fruto de melhora da expectativa para o fluxo cambial, da aprovação da reforma da Previdência e de menor percepção de risco no exterior.
No fechamento do mercado interbancário, o dólar subiu 0,55%, a 4,0091 reais na venda nesta quinta-feira. A valorização é a mais forte desde 15 de outubro.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,40%, a 4,0040 reais.
A apreciação do dólar neste pregão foi ditada por renovados temores quanto às negociações comerciais entre China e Estados Unidos. A volatilidade relacionada à definição da Ptax de fim de mês tampouco ajudou a amenizar a pressão de alta sobre a moeda.
Em outubro, porém, a cotação acumulou baixa de 3,52%, a mais intensa desde janeiro passado.
A apreciação do dólar neste pregão foi ditada por renovados temores quanto às negociações comerciais entre China e Estados Unidos. A volatilidade relacionada à definição da Ptax de fim de mês tampouco ajudou a amenizar a pressão de alta sobre a moeda.
Um outro fator a amparar o câmbio daqui para a frente é a perspectiva de que o ciclo de queda da Selic esteja mais perto de uma conclusão (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
Os ganhos da moeda aqui refletiram a força do dólar no exterior contra outras divisas de risco, como peso mexicano, lira turca e rand sul-africano.
De forma geral, contudo, as últimas duas semanas de outubro foram de alívio para a taxa de câmbio no Brasil.
No fechamento da sessão do dia 17, o dólar foi a 4,1702 reais na venda, mas na sequência engatou quedas, na esteira de expectativas de melhora de fluxo cambial e também em meio a um ambiente externo mais propício a risco, conforme EUA e China ensaiaram algum consenso tarifário e o risco de um Brexit desordenado diminuiu.
Na segunda metade do mês, operadores viraram as atenções para a esperança de robustos ingressos de capital por ocasião dos leilões do pré-sal, marcados para o começo de novembro.
As áreas em oferta no leilão de 6 de novembro somam um bônus de assinatura total fixo de cerca de 106,5 bilhões de reais e que deverão ser pagos pelos vencedores do certame, que se tornará a maior rodada de licitações de petróleo da história, segundo as autoridades brasileiras.
As entradas desses recursos ajudariam a amenizar o saldo negativo do fluxo cambial, que em 12 meses até a parcial de outubro está em mais de 30 bilhões de dólares. E também poderiam compensar saídas de dólares típicas de fim de ano, quando se aceleram as remessas de lucros e dividendos por parte de empresas estrangeiras com filiais no Brasil.
Um outro fator a amparar o câmbio daqui para a frente é a perspectiva de que o ciclo de queda da Selic esteja mais perto de uma conclusão. Na véspera, o Banco Central sinalizou cautela para o caso de novos cortes do juro no começo de 2023.
“É uma notícia boa para o real”, disseram analistas do Citi em nota a clientes. “Com esse risco (de muitos outros cortes de juros) mitigado, esperamos que o câmbio continue com boa performance no começo de novembro, para quando se esperam fluxos de recursos”, completaram.
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