Mourão diz que África é prioridade na atuação externa brasileira
De acordo com Mourão, algumas empresas brasileiras já têm buscado abrir espaço em mercados no continente africanos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O vice-presidente da República, 💥️Hamilton Mourão, disse hoje (12), que a 💥️África é uma prioridade para a atuação externa brasileira. “A África é uma prioridade perene para a nossa atuação externa.
Conforme o Brasil se restabelece de uma grave crise, essa aproximação retoma o seu sentido natural”, disse ao participar da abertura do Fórum Brasil-África 2023. Ele anunciou que em março de 2023 fará uma viagem aos países do continente.
Para o vice-presidente, os países africanos, em crescimento econômico e populacional urbano, apresentam uma série de oportunidades para expansão de companhias brasileiras. “A concentração dessa população em áreas urbanas exigirá volumosos investimentos em infraestrutura, energia, transportes e produção de alimentos”, ressaltou.
De acordo com Mourão, algumas empresas brasileiras já têm buscado abrir espaço nesses mercados no continente. “Muitas empresas brasileiras que atuam no mercado internacional têm expertise justamente em setores de construção, energia e produção de alimentos. Algumas dessas empresas, inclusive, já atuam há anos em mercados africanos”, acrescentou.
Instabilidade global
Os países africanos representam uma oportunidade, na opinião do vice-presidente, em um contexto global de pouco crescimento econômico.
“A economia global está em desaceleração, especialmente pela apreensão causada pelas tensões comerciais, pelo desemprego e o endividamento de muitos países, empresas e famílias. Em meio a esse contexto global, extremamente complexo, a África destaca-se como continente que a economia mais cresce no mundo”, analisou.
Além das dificuldades econômicas, Mourão destacou que outros elementos têm causado incertezas no cenário internacional. “Todas as nações, mesmo as mais desenvolvidas, estão em permanente estado de alerta.
Vivemos a transição do modelo político-econômico pós Segunda Guerra Mundial para um modelo ainda desconhecido que pode levar algumas décadas até se consolidar” disse.
“Por outro lado, conflitos aparecem em todas as regiões e, com isso, as ameaças transnacionais se multiplicam. São epidemias, surtos migratórios, guerra cibernética, crime organizado, catástrofes ambientais e climáticas. Fenômenos dos mais variados que desafiam as capacidades dos Estados e deixam inseguras as nossas populações”, enumerou sobre os problemas enfrentadas em diversas partes do mundo.
Nesse contexto, Mourão ressaltou que o Brasil tem agido de maneira a se adaptar às diferentes situações, com foco nos resultados. “Nosso país tem procurado atuar de maneira flexível e pragmática diante do atual contexto de instabilidade global”.
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