Desmatamento na Amazônia dispara e atinge maior nível em 11 anos

Número representa o maior nível de desmatamento desde 2008 (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

O desmatamento na 💥️floresta amazônica brasileira cresceu 29,5% nos 12 meses encerrados em julho, atingindo o maior nível em 11 anos, com 9.762 quilômetros quadrados de área desmatada, informou nesta segunda-feira o 💥️Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (💥️Inpe), conforme antecipado pela Reuters.

De acordo com o Inpe, a área desmatada cresceu 29,5% nos 12 meses encerrados em julho, totalizando 9.762 quilômetros quadrados.

O número representa o maior nível de desmatamento desde 2008 e confirma dados mensais preliminares que mostravam um aumento significativo do desmatamento durante o 💥️governo do presidente Jair Bolsonaro, que defende o desenvolvimento econômico da região.

No domingo, fontes ouvidas pela Reuters com conhecimento dos dados afirmaram que a área desmatada seria a maior desde 2008, com base justamente nos dados de desmatamento mensal, apurados pelo sistema Deter, do Inpe. O dado anual, de agosto de um ano a julho do ano seguinte, é apurado pelo sistema Prodes, também do Inpe.

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e é considerada fundamental para o combate às mudanças climáticas devido à grande quantidade de dióxido de carbono que absorve.

As ameaças à floresta repercutiram pelo mundo em agosto, quando focos de incêndio se espalharam pela região, provocando duras críticas ao governo brasileiro, em especial do presidente da 💥️França, 💥️Emmanuel Macron.

Em entrevista coletiva sobre os números anunciados nesta segunda-feira, o ministro do 💥️Meio Ambiente, 💥️Ricardo Salles, disse que o governo adotará uma série de medidas para combater o desmatamento, incluindo intensificação dos esforços de fiscalização com a utilização de imagens de satélite de alta resolução.

Segundo o ministro, o desmatamento é causado principalmente por atividades econômicas ilegais na região, como garimpo, extração de madeira e ocupação do solo, que acontecem há vários anos.

O preço das carnes está em alta no país, o que tem aumentado a ocupação de terras para a pecuária, que é um das principais causas do desmatamento na região.

Ambientalistas e organização não governamentais culpam principalmente o governo, dizendo que a postura do presidente 💥️Jair Bolsonaro a favor do desenvolvimento econômico da Amazônia e suas políticas de enfraquecimento das medidas de fiscalização ambiental estão por trás do aumento das atividades ilegais.

“O governo Bolsonaro é responsável por cada palmo de floresta destruída. Este governo hoje é o pior inimigo da Amazônia”, disse Marcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, em comunicado.

Procurado, o Palácio do Planalto citou as declarações feitas por Salles sobre o tema e não fez qualquer comentários adicional.

Em agosto, a Reuters noticiou que o governo Bolsonaro enfraqueceu o Ibama, inutilizando uma força de elite da agência para combater crimes ambientais e proibindo agentes de queimarem maquinário utilizado para o desmatamento ilegal.

O Observatório do Clima, uma rede de ONGs que inclui o 💥️Greenpeace, disse que o aumento do desmatamento em 2023 foi o mais rápido em termos percentuais desde os anos 1990 e o terceiro mais rápido desde o início dos registros.

“A dúvida que permanece é até quando parceiros comerciais do Brasil irão confiar nas promessas de sustentabilidade e cumprimento do Acordo de Paris, enquanto florestas tombam, lideranças indígenas são mortas e leis ambientais são esfaceladas”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, em comunicado.

Os dados divulgados nesta segunda vão de agosto de 2018 a julho de 2023, deixam de fora, portanto, os meses de agosto e setembro deste ano, quando o dado mensal de desmatamento apurado pelo Inpe indicou forte elevação da perda florestal na comparação com o ano anterior. Esses dados estarão no dado acumulado de agosto deste ano a julho de 2023.

“Tendência fortíssima de alta. Sem ações firmes de controle, Prodes 2023/2020 passará de 12 mil quilômetros quadrados. Desastre encomendado”, disse o ex-diretor do Inpe, Gilberto Camara, em sua conta no Twitter.

A elevação do desmatamento da Amazônia também gerou reações no 💥️Congresso Nacional.

“O aumento das queimadas na Amazônia é uma clara consequência da grave política ambiental colocada em prática desde o dia 1º de janeiro de 2023. O mais grave é que o governo de Jair Bolsonaro desqualifica os dados científicos. Se o governo continuar com o desmonte da fiscalização e da preservação, o Brasil vai bater todos os recordes de destruição da Amazônia”, disse o líder da oposição na 💥️Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), que também é membro da frente parlamentar ambientalista.

Salles disse que vai se reunir com governadores dos Estados amazônicos na quarta-feira para discutir formas de enfrentar o desmatamento, acrescentando que os dados mostram que uma nova estratégia é necessária e é importante desenvolver oportunidades econômicas sustentáveis na região.

Todas as opções estão sobre a mesma para enfrentar o desmatamento, incluindo utilizar as Forças Armadas em algumas operações ambientais, afirmou. O governo Bolsonaro já recorreu às Forças Armadas neste ano, por meio de um decreto de garantia da lei e da ordem (GLO) para conter o aumento das queimadas na região.

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