OEA elabora recomendações para eleições transparentes na Bolívia
A Bolívia passa por uma crise política e social desde que, no dia 20 de outubro, foram realizadas as eleições gerais (Imagem: Facebook oficial de Luis Fernando Camacho)
Representantes da 💥️Organização dos Estados Americanos (OEA) estiveram hoje (19) com a presidente interina da 💥️Bolívia, Jeanine Añez, no Palácio do Governo, em La Paz, em um movimento de receber sugestões para elaborar um documento com recomendações que possam garantir um processo eleitoral legítimo, justo e livre no país.
Outros atores políticos e representantes da sociedade civil devem contribuir com o organismo internacional, que deve divulgar o documento na próxima quinta-feira.
A Bolívia passa por uma crise política e social desde que, no dia 20 de outubro, foram realizadas as eleições gerais. Em um processo com suspeitas de fraude, que posteriormente foram confirmadas por uma auditoria da OEA, 💥️Evo Morales venceu em primeiro turno, com uma margem apertada de vantagem sobre Carlos Mesa, o candidato opositor.
Jeanine Áñez, que era a segunda vice-presidente do Senado naquele momento, se autoproclamou presidente interina do país (Imagem: Facebook de Jeanine Áñez)
Após três semanas de protestos, no dia 10 de novembro, após a OEA divulgar o resultado da auditoria que apontava “falhas graves” e manipulação no processo eleitoral,💥️ Evo Morales renunciou, pressionado pelas Forças Armadas.
Jeanine Áñez, que era a segunda vice-presidente do Senado naquele momento, se autoproclamou presidente interina do país, uma vez que todos os políticos que ocupavam cargos importantes na linha sucessória haviam renunciado, entre eles o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado e o primeiro vice-presidente do Senado.
“Faremos algumas recomendações na quinta-feira à tarde, assim que concluirmos a agenda de consultas com diferentes atores e setores e entendermos melhor as possibilidades e condições da Bolívia para garantir o processo eleitoral legítimo, justo e livre”afirmou Rodolfo Piza, chefe da delegação da OEA.
Piza afirmou ainda que o novo pleito deveria ter data definida o quanto antes e ser realizado o mais breve possível, sempre com respeito às garantias constitucionais. Além disso, afirmou que as recomendações estarão centradas em convocar o país à pacificação.
Até o momento, foram registradas as mortes de 23 pessoas. Mais de 700 feridos desde o início das manifestações (Imagem: Marcelo Perez del Carpio/Bloomberg
“Os países passam por etapas complexas e difíceis, a Bolívia não é exceção, tem problemas como todas as sociedades latino-americanas e a vontade é sempre de buscar a paz, o desenvolvimento, os direitos fundamentais e humanos e, claro, a democracia e os processos eleitorais justos, livres e que atendam aos padrões exigidos pelos tratados internacionais “, afirmou o chefe da delegação da OEA.
Direitos Humanos
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) informou hoje que enviará ao país uma missão de observação para avaliar o respeito aos direitos humanos no contexto da atual crise que o país atravessa.
A missão acontecerá entre os dias 22 e 25 de novembro. Paulo Abrão, secretário executivo da CIDH, chefiará a delegação. Até o momento, foram registradas as mortes de 23 pessoas. Mais de 700 feridos desde o início das manifestações.
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