Investidores voltam atenções para onda de protestos na Colômbia

A polícia disparou gás lacrimogêneo em pelo menos uma área de Bogotá, e a TV local mostrou manifestantes vandalizando estações de ônibus na capital e também em Cali (Imagem: Juan Cristobal Cobo/Bloomberg)

A 💥️Colômbia enfrenta os maiores protestos dos últimos anos depois que sindicatos, estudantes e grupos indígenas convocaram uma greve contra o impopular presidente 💥️Ivan Duque.

A polícia disparou gás lacrimogêneo em pelo menos uma área de Bogotá, e a TV local mostrou manifestantes vandalizando estações de ônibus na capital e também em Cali.

Fora isso, as manifestações se mostravam pacíficas, em sua maior parte, na manhã de quinta-feira, quando dezenas de milhares marcharam em direção à praça em frente ao Congresso da Colômbia. Alguns seguravam cartazes com os dizeres: “Contra as políticas neoliberais de Duque”, “Estudantes não são terroristas” e “Marcho pela paz”.

Os organizadores inicialmente convocaram a greve para pressionar Duque, que planeja reformar as leis trabalhistas e a Previdência. Mas o movimento se transformou em uma ampla rejeição do governo.

Evo Morales

Na Bolívia, o presidente Evo Morales foi obrigado a renunciar. Investidores estão precificando o risco de que a Colômbia também enfrente mais instabilidade política (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

“Este protesto é para mostrar que o governo precisa ouvir as pessoas”, disse Diana Oviedo, 34 anos, que participou de uma manifestação na quinta-feira no parque nacional de Bogotá. “Estamos aqui para dizer aos líderes sociais que estão sendo ameaçados, aos trabalhadores, aos estudantes, a todos, que não estão sozinhos.”

Um sentimento antigoverno parecido tem alimentado protestos em toda a América Latina, com demonstrações em larga escala pressionando líderes a reverter programas de austeridade.

Na 💥️Bolívia, o presidente 💥️Evo Morales foi obrigado a renunciar. Investidores estão precificando o risco de que a Colômbia também enfrente mais instabilidade política.

Estou acompanhando de perto. O governo tem algo para se preocupar”, disse Oren Barack, diretor-gerente de renda fixa da AGP Alliance Global Partners, em Nova York, que investe em títulos de dívidas soberana e corporativa da Colômbia. “Há muita tensão na América Latina no momento.”

Fronteiras

Os grupos protestam contra uma série de questões, como financiamento à educação, corrupção e assassinatos sem condenação de líderes sociais. O governo disse que vai fechar as fronteiras e permitir que autoridades locais tomem medidas como impor toque de recolher para controlar a violência.

Em resposta, Duque, 43 anos, defendeu seu histórico e se ofereceu para “ouvir todas as comunidades através de um diálogo permanente”.

chile

Como os investidores “foram surpreendidos pelo que aconteceu no Chile, ficaram ainda mais preocupados com o que poderia acontecer na Colômbia” (Imagem: Pixabay)

O gabinete do presidente também atacou, descrevendo muitas das queixas dos organizadores da greve como mitos e divulgado vídeos justapondo imagens de protestos violentos com imagens de pessoas trabalhando alegremente, pedindo aos colombianos que “construam, não destruam”.

Temor de investidores

Os títulos de dívida soberana do 💥️Equador, 💥️Chile e 💥️Bolívia sofrem com uma onda vendedora desde o início dos violentos confrontos. O custo de proteção contra um default da dívida soberana da Colômbia com swaps de crédito & um indicador de risco & registrou a maior alta das Américas esta semana.

Como os investidores “foram surpreendidos pelo que aconteceu no Chile, ficaram ainda mais preocupados com o que poderia acontecer na Colômbia”, disse Sergio Guzman, diretor da Colombia Risk Analysis, uma consultoria de Bogotá.

O descontentamento tem fervilhado silenciosamente no país, mas não se transformou em violência generalizada como a observada nos países vizinhos.

A Colômbia enfrentou grandes manifestações em larga escala em 2013, durante uma greve agrícola em que grandes áreas do país foram paralisadas por bloqueios de rodovias, e edifícios no centro de Bogotá foram vandalizados por manifestantes mascarados.

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