Setor de carne bovina dos EUA tenta “limpar” imagem de poluidor
Há mais de uma década, diversos estudos têm recomendado a redução do consumo de carne por razões ambientais e de saúde (Imagem: Pixabay)
Diante da mania por hambúrgueres veganos que domina os 💥️Estados Unidos, o setor de 💥️carne bovina tenta reverter a imagem de uma máquina emissora de gases de efeito estufa.
Com grandes varejistas e investidores pressionando empresas a reduzirem a pegada de carbono, gigantes como 💥️Tyson Foods e 💥️Cargill prometem cortes ambiciosos das emissões, inclusive nas cadeias de suprimentos.
Diretores de sustentabilidade surgem entre executivos do alto escalão do setor de carnes, e anúncios nas 💥️redes sociais divulgam que os benefícios da carne bovina à saúde são mal interpretados.
É uma batalha difícil. Há mais de uma década, diversos estudos têm recomendado a redução do consumo de carne por razões ambientais e de saúde. Segundo alguns parâmetros, a 💥️agricultura responde por mais emissões globais de gases de efeito estufa do que o 💥️transporte, em parte devido à produção 💥️pecuária.
Enquanto isso, alternativas vegetais são a tendência do momento, já que mais americanos se autodenominam flexitarianos & pessoas que substituem regularmente a carne por outros alimentos.
Empresas como 💥️Beyond Meat, cujos preços das ações mais que triplicaram desde a oferta pública inicial, se beneficiam da onda contra a carne, destacando as virtudes dos produtos veganos que aparecem nos cardápios de redes nacionais, como a TGI Fridays.
Ainda assim, o consumo de carne bovina é forte na 💥️América do Norte e, no geral, o consumo de carne está aumentando globalmente. Mas o receio em relação aos efeitos do consumo de carne bovina aumenta na mesma velocidade que as ofertas veganas e ascensão do mercado multibilionário de ativos verdes e sustentáveis.
Deborah Perkins, chefe global de alimentos e 💥️agronegócio do ING Wholesale Banking, diz que o setor precisar continuar trabalhando para reduzir sua pegada.
Muitos dos problemas ambientais se resumem ao modo como os animais processam os alimentos. O gado emite metano, um gás de efeito estufa particularmente potente, como parte de seus processos digestivos. Simplificando, os gases e o estrume de vaca são os grandes culpados.
Mas o setor aponta para novos números que comparam a produção americana dos EUA com o resto do mundo. Um 💥️estudo recente do governo financiado pelo setor identificou que a pegada da carne bovina dos EUA responde por cerca de 3% dos gases de efeito estufa produzidos pela atividade humana, uma parcela muito inferior em comparação com o número global de 14,5% frequentemente citado.
“Devemos aceitar esse 3% e reduzi-lo, porque 3% ainda é importante”, disse Kim Stackhouse-Lawson, diretora de sustentabilidade da 💥️JBS EUA, controlada pela JBS, maior produtora mundial de carne bovina.
As unidades de negócios da JBS nos EUA e no Canadá estabeleceram uma meta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20% até 2023 a partir do nível de 2015.
A tecnologia pode ajudar. O gado dos EUA mudou nas últimas décadas por meio da criação e novas fórmulas de ração. Agora pecuaristas são capazes de produzir a mesma quantidade de carne bovina que produziam em 1975, com 36% menos animais, de acordo com Sara Place, diretora sênior de produção sustentável de carne bovina da Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos EUA.
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