Cafeicutores aproveitam rali e travam vendas para 2023
Temperaturas escaldantes e chuvas irregulares em setembro levantaram questões sobre a safra do próximo ano (Imagem: Facebook da Cooxupé )
Os cafeicultores do 💥️Brasil, o maior produtor e exportador do mundo, estão aproveitando o recente rali da 💥️commoditie para travar as vendas para 2023.
Os membros da 💥️Cooxupe, a maior cooperativa de 💥️cafeicultores do mundo, venderam 1,5 milhão de sacas de 💥️café para entrega em 2023 nos últimos 45 dias.
Isso eleva o total vendido para a safra do próximo ano para 2,5 milhões de sacas, o triplo do registrado para 2018, última vez que o Brasil teve uma safra do ciclo de alta. Uma saca pesa 60 kg, ou 132 libras.
“Os agricultores estão vendendo apenas nos ralis”, disse Lucio Dias, diretor comercial da Cooxupe, em 💥️Minas Gerais, em entrevista por telefone.
Os contratos futuros de café arábica negociados em 💥️Nova York subiram cerca de 27% em relação a uma baixa recente em meados de outubro.
Membros da Cooxupe enderam 1,5 milhão de sacas de café para entrega em 2023 nos últimos 45 dias (Imagem: Facebook da Cooxupé )
A alta foi motivada por preocupações recentes com a oferta brasileira. Temperaturas escaldantes e chuvas irregulares em setembro levantaram questões sobre a safra do próximo ano, após sinais de que a colheita de 2023 acabará sendo menor do que a esperada.
Ainda assim, muitos agricultores preferem fixar os preços agora, em vez de apostar nas expectativas de uma retomada contínua.
Isso pode ser em parte porque 2023 será a metade com maior rendimento de um ciclo bienal, o que significa que a oferta ainda pode ser abundante, mesmo com as preocupações com o clima.
Cafeicultores que apostavam na alta da commoditie agora repensam estratégia (Imagem: Facebook da Cooxupé )
A Cooxupe ainda não forneceu uma estimativa para a colheita do próximo ano, já que ainda é cedo para uma previsão precisa, disse Dias. Em 2018, na temporada anterior de alto rendimento, a cooperativa coletou cerca de 6,5 milhões de sacas do grão arábica.
Fora da cooperativa Cooxupe, as decisões dos agricultores são mais variadas. É o caso de Cesar Di Giacomo, um produtor do sul de Minas Gerais.
Ele não travou a venda durante o último rali porque já havia vendido o suficiente para 2023. Giacomo disse que também está bem posicionado para 2023 e agora aguarda a chance de fixar os preços para 2022.
Por outro lado, há fazendeiros como Rodrigo de Freitas Silva, do estado de São Paulo, que ainda não venderam uma única saca para 2023. Ele estava apostando que os preços continuariam subindo, mas agora está começando a repensar seus planos.
“Posso vender algo esta semana”, disse. “Mas, em geral, tenho dúvidas sobre qual posição devo tomar.”
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