Opep+ apoia novos cortes na produção de petróleo; sauditas prometem ir além

Opep

Os sauditas, ao lado de outros membros da Opep e de países aliados do grupo apoiaram um plano que pode gerar cortes de até 2,1 milhões de barris por dia (Imagem: Reuters/Leonhard Foeger)

A 💥️Arábia Saudita encabeçou um acordo nesta sexta-feira que fará com que o grupo de produtores de 💥️petróleo 💥️Opep+ se comprometa com alguns dos mais profundos cortes de produção do setor em uma década, com o objetivo de evitar um excesso de oferta e sustentar os preços da 💥️commodity.

Os sauditas, ao lado de outros membros da Opep e de países aliados do grupo, estes liderados pela 💥️Rússia, apoiaram um plano que pode gerar cortes de até 2,1 milhões de barris por dia (bpd), disse o ministro de Energia do reino, príncipe Abdulaziz bin Salman.

As cifras incluem a adição de um corte de 500 mil bpd às restrições já existentes, com a nova meta da Opep+ figurando em 1,7 milhão de bpd (ou 1,7% da produção mundial), e mais 400 mil bpd, que a Arábia Saudita sinalizou que pode acrescer à sua cota.

Príncipe Abdulaziz Bin Salman

Os produtores voltarão a se reunir em março para que decidam seus próximos movimentos, disse o príncipe Abdulaziz  após a conclusão do encontro (Imagem: REUTERS/Evgenia Novozhenina)

“O objetivo saudita não era necessariamente elevar os preços do petróleo para níveis significativamente mais altos, mas sim colocar um piso para eles durante o primeiro trimestre, para atenuar qualquer fraqueza sazonal”, disse Amrita Sen, cofundadora da Energy Aspects.

A Opep+, que inclui mais de 20 produtores, bombeia mais de 40% de todo o petróleo do mundo. As ações do grupo ocorrem antes de esperados aumentos de produção por países que não participam do pacto, capitaneados pelo maior produtor global, os 💥️Estados Unidos.

Os produtores voltarão a se reunir em março para que decidam seus próximos movimentos, disse o príncipe Abdulaziz  após a conclusão do encontro da Opep+, acrescentando que há uma “crença profunda” de que a colaboração irá prosseguir.

“O júri ainda está discutindo sobre o ponto em que estaremos em março”, disse o ministro saudita em entrevista concedida à Reuters mais tarde, quando questionado sobre qual será a oferta necessária ao mercado na ocasião.

Dos novos cortes de 500 mil bpd anunciados, a Opep contribuirá com 372 mil bpd, enquanto não membros do cartel se responsabilizarão por 131 mil bpd, anunciou a Opep.

“É o melhor resultado que você poderia esperar. Ele coloca um piso para os preços a 60 dólares para o Brent, mas até a economia global melhorar, provavelmente continuaremos em um mercado em que o Brent opera entre 60 dólares e 65 dólares. No segundo trimestre, poderemos ver o Brent entre 65 dólares e 70 dólares”, avaliou Gary Ross, fundador da Black Gold Investors.

Os contratos futuros do Brent encerraram a sessão desta sexta-feira em alta de 1,6%, a 64,39 dólares por barril, e acumularam ganhos de cerca de 3% na semana.

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