XP não tem planos de aquisição no radar, diz Guilherme Benchimol
O executivo também descartou para breve planos da XP para entrar em outros mercados, enfatizando que o foco por ora é ampliar negócios no Brasil (Imagem: Nasdaq)
A plataforma de serviços financeiros 💥️XP Inc (💥️XP), que fez sua estreia na bolsa norte-americana 💥️Nasdaq nesta quarta-feira, não planeja usar os recursos captados com a tranche primária de sua oferta de ações para comprar concorrentes, disse o presidente-executivo da companhia, Guilherme Benchimol.
“Não temos planos de aquisição no radar”, disse Benchimol em teleconferência com jornalistas.
O executivo também descartou para breve planos da XP para entrar em outros mercados, enfatizando que o foco por ora é ampliar negócios no Brasil.
Nesse sentido, a XP prioriza obter a licença para ter um banco próprio, o que lhe dará flexibilidade para ofertar mais serviços aos atuais clientes da plataforma, disse ele.
A ação da XP disparava cerca de 26% por volta das 16h20 (horário de Brasília), após ter precificado seu IPO na véspera a 27 dólares por papel (Imagem: Nasdaq)
Benchimol disse ainda que avalia futuramente listar ações da XP também na bolsa brasileira 💥️B3💥️ (💥️B3SA3), quando eventualmente houver uma regulamentação sobre o chamado voto plural, que permite que alguns sócios tenham mais poder do que outros.
A ação da XP disparava cerca de 26% por volta das 16h20 (horário de Brasília), após ter precificado seu IPO na véspera a 27 dólares por papel, acima da faixa inicial prevista pela companhia, de 22 a 25 dólares cada, e que avaliou a empresa em cerca de 15 bilhões de dólares.
O 💥️IPO movimentou 2,25 bilhões de dólares. Cerca de metade disso da oferta primária.
A abertura de capital da XP marcou o quarto maior IPO dos Estados Unidos e a maior operação do tipo de um grupo brasileiro neste ano.
A demanda de investidores pelas ações da XP superou 14 vezes a oferta, segundo dados da Reuters. Por conta disso, a companhia foi avaliada a cerca de 60 vezes o lucro anualizado de 2023. Em contraste, as norte-americanas TD Ameritrade é negociada a cerca de 13 vezes seus resultados, de acordo com a Refinitiv, e a Charles Schwab carrega múltiplo de cerca de 18 vezes.
Fundada em 2001 como uma assessoria financeira independente, a XP acumula mais de 1,5 milhão de clientes e 350 bilhões de reais sob gestão.
A operação de terça-feira marcou a segunda vez que a XP buscou o IPO. Em 2017, a empresa estava perto de listar suas ações quando fechou um acordo com o Itaú Unibanco, que pagou 6,3 bilhões de reais em dinheiro e ações por uma participação de 49,9% na empresa.
Nos nove primeiros meses de 2023, a XP teve receita total de 3,44 bilhões de reais, enquanto o lucro líquido atingiu 692 milhões.
O IPO da companhia foi assessorado por Goldman Sachs, JPMorgan Chase & Co, Morgan Stanley, Itaú BBA, XP Investments, BofA Securities, Citigroup, Credit Suisse e UBS.
Na visão da equipe do Safra, o sucesso do IPO da XP chancela a perspectiva do mercado de que a empresa continua apresentando altas taxas de crescimento, se beneficiando da intermediação dos bancos no universo de investimentos, conforme nota a clientes.
“Acreditamos que o IPO traga um resultado positivo também para o Itaú Unibanco, de cerca de 1,2 bilhão de reais, com a reavaliação da participação do Itaú no patrimônio da XP. No entanto, merece destaque que a participação atual do Itaú na XP de 46% está avaliada em 28,4 bilhões de reais (considerado resultados não realizados), valor muito superior aos 6,3 bilhões de reais investidos pelo Itaú em meados 2017.”
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