Açúcar e etanol brasileiros vão pegar carona na alta do petróleo causada por crise EUA- Irã?
Açúcar e etanol de cana, principalmente, se beneficiam temporariamente da alta do petróleo (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
Esta deverá ser uma sexta-feira (3) meio atípica em alguns mercados internacionais. O dia prometia ser calmo, de baixa liquidez, com 2023 mais ativo a partir da segunda.
Mas o ataque dos 💥️Estados Unidos ao 💥️Iraque e a morte do comandante militar iraniano 💥️está dando potencial de alta ao petróleo e 💥️ao dólar index (na contramão de Dow Jones, em queda), pelo menos por hora.
O reflexo mais claro nas 💥️commodities agrícolas neste estágio dos negócios (10h55 de Brasília) é sobre o 💥️açúcar e, por tabela, sobre o 💥️etanol. Diante do petróleo com potencial de alta e de repasse para os preços dos combustíveis no mundo, mais matéria-prima seria desviada para etanol (que segue com potencial de competitividade e de alta na entressafra, com o governo podendo dar novo aumento à gasolina).
E o Brasil, em particular, é o fiel da balança na visão dos agentes.
Apesar de não ser mais o maior exportador de açúcar, a expectativa de enxugar mais a oferta ajuda na especulação na bolsa de Nova York (ICE Futures).
Especulação
Aditivo: alta do petróleo ainda não se firmou, mas pode ajudar commodities brasileiras (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)
Mas o suporte que o cru Brent em Londres pode dar é limitado e no nível da especulação de rally, sem força de fundamento que assegure uma tendência de alta, avalia Maurício Muruci, da Safras & Mercado.
Enquanto o petróleo vai e volta em torno dos 4% de alta, encostando e descendo um pouco dos US$ 69/barril, para o vencimento de março, o adoçante tenta se recuperar da forte queda de ontem. Fechou em 13.42 cents de dólar por libra-peso no dia 31 e caiu para 13.13 c/lp no primeiro dia útil do ano.
Agora, sobe mas 1,22%, a 13.29 c/lp o março.
Mas o analista também percebe que o movimento de alta hoje também está ligado à oportunidade que a queda da véspera deu aos grandes compradores mundiais, as indústrias. Se aproveitam para comprar um pouco.
Tudo com limitação de sustentação. Tanto pelo lado do petróleo & a menos que haja um caldo de crise mais longa e drástica entre 💥️Irã e Estados Unidos, podendo comprometer o fornecimento de petróleo em toda região do Golfo -, quanto pela 💥️Índia.
Para Muruci, a produção indiana pode ficar mais robusta com os reservatórios de água do país garantindo a umidade da cana, além da queda do 💥️PIB, que também limita o consumo interno da commodity e deixa mais volume disponível para as exportações (subsidiadas).
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