Entrevista: Modec vê Brasil como melhor mercado para crescer e mira grandes contratos
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Gigante japonesa está De olho no potencial de crescimento da indústria de petróleo do Brasil com o pré-sal (Imagem: Unsplash/@phaelnogueira)
De olho no potencial de crescimento da indústria de petróleo do 💥️Brasil com o pré-sal, a gigante japonesa 💥️Modec buscará conquistar pelo menos um ou dois grandes contratos de afretamento de plataformas por ano no país, onde aposta no desenvolvimento tecnológico para se destacar frente a rivais internacionais.
Em entrevista à Reuters, o diretor digital e vice-presidente de operações do grupo Modec na 💥️América Latina e Gana, Soichi Ide, destacou que a concessão de importantes ativos para gigantes petroleiras nos últimos anos classificou o Brasil como o melhor local do mundo para a empresa crescer.
Nas projeções da fornecedora e operadora de plataformas, a 💥️Petrobras 💥️(PETR3; PETR4) e outras petroleiras multinacionais deverão demandar de 20 a 30 plataformas nos próximos cinco anos.
“Nós estamos muito focados em Brasil”, disse Ide, com entusiasmo, em seu escritório no Rio de Janeiro.
“Eu conheço outros mercados no Mar do Norte, 💥️África, 💥️Ásia… Não há outros locais como o Brasil, onde nós podemos realmente continuar produzindo novos projetos nessa base, quatro ou cinco projetos todo ano. Isso não está acontecendo em nenhum mercado no mundo, apenas no Brasil.”
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Presente no Brasil desde 2003, a Modec já é responsável por 35% da produção do pré-sal brasileiro (Imagem: REUTERS/Edgar Su)
Como parte do plano de crescimento, a empresa prevê contratar 800 funcionários no Brasil em 2023, elevando em 35% o quadro de 2,3 mil empregados locais. Segundo o executivo, cerca de 90% dos funcionários da japonesa no país são brasileiros.
Ele afirmou que a empresa observa todas as oportunidades de novos contratos, mas acredita que poderá ser mais eficiente nos mais longos e de maior porte. E, com a abertura do mercado, a Modec está pronta para agregar conhecimento junto aos novos operadores no país, acrescentou.
No ano passado, a Modec inaugurou nova base de operações em Macaé (RJ) como resposta ao aumento da demanda operacional de suas embarcações na Bacia de Campos e às projeções de expansão do negócio para os próximos anos.
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Como parte do plano de crescimento, a empresa prevê contratar 800 funcionários no Brasil em 2023, elevando em 35% o quadro de 2,3 mil empregados locais (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
Presente no Brasil desde 2003, a Modec já é responsável por 35% da produção do 💥️pré-sal brasileiro, com 11 plataformas de petróleo operacionais no país e outras quatro em construção.
Diante dos negócios já em curso e da perspectiva de crescimento, Ide afirmou que a Modec decidiu investir em tecnologia para ampliar os resultados e contribuir com o desenvolvimento regional.
Destaque tecnológico
Como fruto desse empenho, a Modec viu a inclusão de uma de suas plataformas em uma seleta lista do 💥️Fórum Econômico Mundial, a chamada “Global Lighthouse Network”, com instalações que têm conseguido obter os melhores resultados globais na implantação de novas tecnologias.
A plataforma incluída foi a FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, que produz no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, operado pela Petrobras.
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Modec viu a inclusão de uma de suas plataformas em uma seleta lista do Fórum Econômico Mundial
É a primeira vez que uma instalação industrial localizada na América Latina é incluída na “rede de faróis”& o reconhecimento também é inédito entre unidades offshore e contempla pela primeira vez uma unidade operada por uma empresa japonesa.
“Considerando que o Brasil está crescendo, nós temos que ser eficientes, produtivos. O Brasil tem muito potencial e nós queremos destravar isso”, afirmou Ide, frisando que o país já é muito desenvolvido no setor de óleo e gás.
Ide destacou ainda que o desenvolvimento tecnológico reconhecido pelo Fórum Econômico foi todo realizado pela empresa no Brasil.
Dentre as iniciativas da Modec em tecnologia, Ide destacou processos de digitalização e ferramentas digitais, que segundo ele permitiram uma redução de 65% no tempo de inatividade na plataforma que opera em Tartaruga Verde.
“Temos uma grande quantidade de dados de nossas operações no Brasil e, com a ajuda de ferramentas digitais, podemos antecipar problemas e garantir a operação segura e estável de nossa frota”, explicou ele, destacando que cada plataforma conta com mais de 10 mil sensores instalados.
A meta da Modec, acrescentou, é ser uma referência no processo de transformação digital da indústria de petróleo e gás em meio ao processo de transição energética do setor rumo a operações mais sustentáveis.
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