Após cinco dias e duas mortes, cervejaria Backer pede que ninguém consuma Belorizontina
A morte de outra pessoa, ocorrida em 28 de dezembro, está sendo investigada como uma possível intoxicação pelo consumo da Belorizontina (Imagem: Reprodução/Facebook Cervejaria Backer)
A CEO (✅chief executive officer, na sigla em inglês, ou diretora executiva) da cervejaria Backer, Paula Lebbos, pediu hoje (14) que ninguém consuma a cerveja Belorizontina, que, no 💥️Espírito Santo, recebe o rótulo de Capixaba, até que os fatos sobre a contaminação da cerveja sejam esclarecidos.
Exames laboratoriais realizados pela 💥️Polícia Civil de 💥️Minas Gerais identificaram a presença da substância dietilenoglicol em amostras da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer.
Pelo menos uma pessoa morreu e outras foram internadas depois de tomar a cerveja. Dez pessoas foram intoxicadas. A morte de outra pessoa, ocorrida em 28 de dezembro, está sendo investigada como uma possível intoxicação pelo consumo da Belorizontina.
“O que preciso agora é que não bebam Belorizontina, quaisquer que sejam os lotes, por favor. Quero que meu cliente seja protegido. Não sei o que está acontecendo”, disse Paula, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte.
A diretora executiva da Backer afirmou que a substância dietilenoglicol, suposta responsável pelo envenenamento, não é usada no processo de fabricação de suas cervejas.
A cervejaria Backer é “artesanal” com 70 tanques de 18 mil litros cada. A Belorizontina é produzida em apenas um desses tanques, o número 10 (Imagem: Facebook/Backer)
Em seguida, disse que aguarda os resultados das análises do 💥️Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da 💥️Polícia Civil.
Ontem (13) o ministério determinou que a Backer retire de circulação todas as suas cervejas e chope✅s produzidos desde outubro do ano passado até agora.
A cervejaria está interditada, por ordem do ministério.
“A Backer quer facilitar para que [o problema] seja solucionado o mais breve possível, para que a nossa fábrica seja liberada, até porque os funcionários precisam trabalhar, e minha família também depende dessa empresa”, disse a executiva.
A cervejaria Backer é “artesanal” com 70 tanques de 18 mil litros cada. A Belorizontina é produzida em apenas um desses tanques, o número 10.
Lebbos afirmou que não está preocupada com o prejuízo financeiro, e sim com o mercado de cervejas artesanais e com os clientes (Imagem: Divulgação Rede Minas/TV Brasil)
Questionada pelos jornalistas, Lebbos disse que vai procurar as vítimas e suas famílias para “oferecer qualquer tipo de ajuda que elas precisarem”.
Ela afirmou que não está preocupada com o prejuízo financeiro, e sim com o mercado de cervejas artesanais e com os clientes.
“O que nos preocupa muito é o prejuízo em relação à nossa marca e ao mercado cervejeiro artesanal. Eu tenho certeza [de] que o que diz respeito ao [aspecto] financeiro será superado. O que a gente não quer é que clientes que tomam a nossa cerveja sejam prejudicados”, acrescentou.
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