Chinesa Jinko Solar prevê vender até 1 GW em painéis solares no Brasil em 2023
O país registrou em 2023 a instalação de um total de 1,3 gigawatts em novos sistemas solares como esses (Imagem: REUTERS/Bruno Kelly)
A fabricante chinesa de painéis solares Jinko Solar espera vender até 1 gigawatt em equipamentos no 💥️Brasil em 2023, disse um executivo da companhia nesta terça-feira, ao anunciar um acordo com uma distribuidora local para o mercado do maior país da 💥️América Latina.
O movimento da empresa vem em momento de crescimento acelerado no Brasil da tecnologia de geração distribuída (GD) de 💥️energia solar, que envolve a instalação de sistemas em telhados de residências ou em grandes terrenos.
O país registrou em 2023 a instalação de um total de 1,3 gigawatts em novos sistemas solares como esses, o que fez da tecnologia a segunda com maior expansão entre as fontes de energia no Brasil no ano, atrás apenas das hidrelétricas, mas à frente de parques eólicos e de usinas solares de grande porte.
O chefe de vendas em geração distribuída da Jinko no Brasil, Gustavo Tegon, disse que a parceria anunciada nesta terça-feira, com a empresa local Aldo Solar, deve permitir à companhia chinesa expandir significativamente sua atual participação no mercado de GD do Brasil, de 12%.
“Estamos iniciando no primeiro trimestre já mirando acima de 100 megawatts de entregas… e crescendo de maneira progressiva. Poderia atingir 1 GW desde que o mercado continue crescendo. Não tenho dúvida de que podemos chegar a esse número”, afirmou Tegon, em videoconferência com jornalistas sobre o negócio.
“Terminamos (2019) com 12% de share (participação no mercado). Queremos no mínimo dobrar. A política da Jinko é ter pelo menos 25% em cada mercado em que ela atua. Não temos dúvidas de que com essa parceria esse número acontecerá”, acrescentou.
A parceria entre as duas empresas não tem um prazo definido, segundo o executivo.
Futuro do mercado
A associação entre a chinesa Jinko e a Aldo vem em momento em que a Agência Nacional de Energia Elétrica (💥️Aneel) avalia mudanças nas regras para os sistemas de geração distribuída.
Atualmente, consumidores ou empresas que instalam painéis solares podem descontar de suas contas de luz toda a energia produzida pelos sistemas. Mas a proposta da Aneel prevê abater dos créditos gerados pelas instalações de GD o que considera custos para manutenção da rede.
Consumidores ou empresas que instalam painéis solares podem descontar de suas contas de luz toda a energia produzida pelos sistemas (Imagem: Reuters/Amit Dave)
A discussão no regulador, no entanto, gerou forte reação do presidente 💥️Jair Bolsonaro, que prometeu iniciativa conjunta com os presidentes da Câmara e do Senado para barrar a proposta da Aneel caso ela seja aprovada. O presidente também chegou a afirmar que a Aneel deve desistir das alterações.
“Se isso for colocado de maneira oficial pela Aneel, vai dar muito mais ritmo ao mercado… estamos trabalhando com no mínimo um crescimento de 15% mês a mês (do mercado de GD solar)”, disse o presidente da Aldo, Aldo Pereira Teixeira.
Ele projetou que a capacidade instalada em sistemas de geração distribuída solar pode dobrar em 2023, para 4 gigawatts, de cerca de 2 gigawatts atuais.
A Aldo já havia anunciado em julho passado um acordo com a também chinesa Trina Solar para trazer equipamentos da companhia para o Brasil, em uma parceria que continua em vigor, segundo o executivo.
Ele afirmou que a nova associação, com a Jinko, permitirá à Aldo continuar a atender à forte expansão projetada para as instalações de GD em 2023.
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