Soja lidera derretimento das commodities com o agravamento da epidemia chinesa
Oleaginosa lidera as perdas nas bolsas de futuros com o coronavírus (Imagem: REUTERS/Stringer)
Quando ontem a soja mostrava que estava voltando a se deparar com seus fundamentos, mesmo sem perder de vista a gravidade da epidemia na china, nesta quinta (30) o grão voltou a perder muito nos futuros em Chicago. Mais que na segunda, quando o sinal de alarme chinês e global ganhou mais força.
Os dois contratos mais próximos perderam em torno de 16,5 pontos na CBOT. E o maio, mais importante para o Brasil, rompeu para baixo dos US$ 9/bushel, fechando em US$ 8,90. O março recuou para mais próximo do piso de US$ 8,5 ficando em US$ 8,76.
O coronavírus segue sem resposta no controle e o número de mortos aumentou muito na China, além de ganhar mais casos pelo mundo, inclusive suspeitas sérias no Brasil.
A desaceleração econômica, que da China pode se espalhar, já está sendo dada como certa. O governo de Pequim mandou as empresas voltarem a abastecer o consumo, mas a circulação restritiva coloca em dúvida a eficácia.
E a soja, muito usada como óleo comestível e ração animal, está na linha de tiro, pelo menos por hora.
O algodão despencou 1,12 e 1,17, também nos vencimentos de março e maio, fechando entre 68,9 e 69,5 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, acentuando sua trajetória de queda com a baixa dos negócios nas tecelagens e indústrias de vestuário de toda a Ásia.
O milho também caiu, mais de 4,5 pontos, mas como tem menor peso no comércio global da China, certamente foi mais vítima da aversão ao risco, com os fundos vendendo posições para ativos mais seguros.
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