O primeiro exame do CFA está ficando mais curto e mais frequente
Nesta semana, o CFA (sigla em inglês para Chartered Financial Analyst) abrirá as inscrições para o exame nível I em dezembro, a última vez que esse teste será realizado em papel
Uma era de aspirantes a analistas financeiros certificados, debruçados sobre fileiras intermináveis de mesas e com um lápis na mão, está lentamente chegando ao fim.
Nesta semana, o CFA (sigla em inglês para Chartered Financial Analyst) abrirá as inscrições para o exame nível I em dezembro, a última vez que esse teste será realizado em papel.
A partir de 2023, o teste será conduzido eletronicamente quatro vezes por ano, com 25% menos perguntas. O som suave de um exército de lápis rabiscando papéis será substituído pelo ruído dos teclados.
“Nossos novos recursos de teste digital refletirão melhor as práticas do atual local de trabalho, enquanto nos permitem modernizar o exame e aumentar o acesso a mais candidatos”, disse Margaret Franklin, diretora-executiva do Instituto CFA, em comunicado.
As mudanças abrangem apenas o nível I do exame, que atrai o maior número de pessoas e, normalmente, filtra candidatos para as duas etapas seguintes.
Sob o novo sistema, os participantes do teste visitarão um dos centros do instituto durante uma janela de até uma semana que será aberta quatro vezes ao ano: fevereiro, maio, agosto e novembro. Apenas 180 perguntas serão apresentadas em relação às 240 anteriormente.
Com as mudanças, os resultados serão divulgados mais rapidamente.
O teste “cobre tópicos idênticos com a mesma profundidade e amplitude”, disse Lisa Plaxco, diretora do programa CFA do instituto. “Estamos mantendo o mesmo rigor e os mesmos padrões de aprovação.”
Por mais de uma década, a primeira etapa do exame foi realizada em uma única data, duas vezes por ano, atraindo milhares de profissionais de Wall Street para fazer o teste em todo o mundo.
Muitos candidatos esperam que a certificação lhes ofereça melhores empregos, salários mais altos e uma compreensão mais profunda do setor.
No ano passado, apenas 41% das mais de 157 mil pessoas que realizaram o nível I do teste passaram. O instituto administrou o teste de dezembro em 134 centros em 87 cidades em todo o mundo, com 59% dos candidatos vindos da região Ásia-Pacífico.
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