Commodities nesta semana: petróleo em busca de suporte; ouro supera US$ 1700

Goldman Sachs

Segundo o colunista Barani Krishnan, antes da última nota do Goldman Sachs, os hedge funds já estavam de olho no nível de US$ 30 por barril (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Antes mesmo da última nota emitida pelo 💥️Goldman Sachs sobre o 💥

💥️Alvos lógicos, mas complicados

“A permanência do ouro no nível de US$ 1.700 parece tênue por enquanto, e não seria uma surpresa se ele recuasse um pouco a partir desse patamar com o acionamento de ordens stop-loss passando despercebido nessas alturas”, afirmou Jeffrey Halley, analista sênior de mercado da plataforma de negociação online OANDA. “Dito isso, qualquer correção abaixo de US$ 1.695,00 por onça pode encontrar muita demanda de compradores”.

Com o petróleo, vale começar do princípio: para o norte-americano West Texas Intermediate (WTI) alcançar o nível de US$ 20, os ursos do petróleo teriam que vencer o fundo de US$ 26,05 registrado em fevereiro de 2016.

Essa foi a mínima estabelecida antes da restrição imposta pela Opep+, quando a Arábia Saudita, a Rússia e os produtores de shale oil nos EUA estavam extraindo petróleo como se não houvesse amanhã – uma situação inacreditável que poderia ocorrer novamente.

Se o WTI capitular e romper os US$ 26,05 em algum momento desta semana, o próximo teste não está muito longe: US$ 25,42. Mas esse movimento pode ter um enorme impacto na psique do mercado, pois o nível de US$ 25,42 estaria perto da mínima de 17 anos alcançada em maio de 2003.

Se também houver um rompimento do suporte de US$ 25,42, o próximo obstáculo estaria a US$ 24,82, de novembro de 2002, o que corresponderia a uma mínima de quase 17 anos e meio.

Para o britânico 

A nota “Revenge of the New Oil Order” (“Vingança da Nova Ordem do Petróleo”) do Goldman – uma referência à guerra de produção e preços no petróleo travada entre sauditas, russos e produtores americanos de shail oil – afirma que o atual prognóstico do petróleo é ainda mais sombrio do que em novembro de 2014, quando ocorreu a última batalha.

De acordo com o banco de Wall Street, os únicos paralelos que poderiam ser traçados com a situação atual ocorreram durante o choque de demanda de petróleo no primeiro trimestre de 2009, ocorrido após a crise financeira, e a disparada de produção de meados de 2015 pela Opep, que precedeu a trégua da aliança Opep+ de 2016 entre Riad e Moscou.

Mesmo com o Goldman especulando sobre “níveis de estresse operacional e custos na boca dos poços perto de US$ 20 por barril”, o banco admitiu que os dois choques baixistas causados por cortes de preço-produção e destruição de demanda significam que “ainda há muitas coisas que não sabemos sobre os fundamentos do petróleo nos próximos meses”.

Dando como exemplo o “bear market” de 2016, o banco concluiu que o pior impacto sobre o preço provocado pelo acúmulo máximo de estoques ocorrerá nos próximos seis meses, isto é, as mínimas de US$ 20 podem ser atingidas no terceiro trimestre, antes de uma recuperação acima dos níveis de US$ 30 e US$ 40.

💥️Uma situação que está “além da aversão ao risco”

Mas o fato de Wall Street estar em queda e os governos ao redor do mundo estarem fechando cidades inteiras – primeiramente na China, agora na Itália e possivelmente nos Estados Unidos mais tarde – pode fazer com que o petróleo atinja US$ 20 antes do prazo sugerido pelo Goldman.

“O que está acontecendo agora está além da aversão ao risco”, declarou Zahir. “Eu não ficaria nada surpreso se chegássemos a US$ 20 rapidamente, principalmente com um ‘bear market’ no 

O petróleo pode atingir US$ 20 antes do prazo sugerido pelo Goldman Sachs (Imagem: REUTERS/Todd Korol)

Os consumidores norte-americanos com certeza serão bastante afetados por isso, sem falar que eles formam a maior parte da economia dos 💥️EUA. Sem ter alguma clareza sobre a ameaça do vírus à economia americana, Wall Street não conseguirá quantificar os danos que ainda podem ser causados”.

O analista complementou:

“Em minha opinião, não haverá uma recuperação em forma de V. É possível que o cenário piore ainda mais antes de melhorar. Neste momento, qualquer repique em ativos de risco, principalmente no petróleo, é uma oportunidade de venda. Só temos posições de compra em nosso programa macro global em títulos públicos e ouro.”

Halley, analista da OANDA, tem uma perspectiva similar. “Pode ser que tenhamos visto o pior da queda do petróleo no curto prazo”, declarou, referindo-se à mínima de US$ 27,34 para o WTI e US$ 31,27 para o Brent no final da tarde em Cingapura.

“Dito isso, qualquer rali a partir daí deve encontrar a resistência dos vendedores, e é difícil imaginar o Brent novamente acima de US$ 40 por barril nos próximos meses.”

O que você está lendo é [Commodities nesta semana: petróleo em busca de suporte; ouro supera US$ 1700].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...