Brasil terá aumento abrupto nos casos de coronavírus, diz secretário do Ministério da Saúde
A doença foi classificada como pandemia nesta quarta-feira pela Organização Mundial de Saúde (Imagem: Jhonatan Vieira/Agência Senado)
O Brasil está se preparando para o crescimento rápido no número de casos da doença Covid-19 (causa por novo tipo de 💥️coronavírus).
A afirmação é do secretário-executivo do 💥️Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, que esteve no 💥️Senado nesta quarta-feira (11) para participar de 💥️audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC).
A doença foi classificada como pandemia nesta quarta-feira pela 💥️Organização Mundial de Saúde (OMS).
— A partir de agora, deve aumentar o número de casos de transmissão local. E nós devemos entrar, em uma ou duas semanas, no que é mais grave, que nós chamamos de transmissão comunitária. As pessoas vão contrair a doença sem que nós consigamos estabelecer a origem do vírus, quem transmitiu o vírus — explicou.
Até agora, segundo o secretário, os casos registrados no Brasil são de pessoas que contraíram o vírus em viagens ou tiveram contato com pessoas nessa infectadas.
A evolução rápida, com um pico no número de casos, foi registrada em todos os países que registram há mais tempo os casos dessa doença, e deve começar nos próximos dias no Brasil.
— Todos os países começam com o número de casos menor, um número que mais ou menos segue um padrão e, de uma hora para outra, há um acréscimo brutal. Entre quatro e seis semanas depois disso, pelo que vimos até agora, a tendência começar a cair.
As próximas medidas a serem tomadas pelo governo, segundo Gabbardo, são a criação de um conselho interministerial para tratar do tema e uma intensificação nas orientações de isolamento domiciliar em casos suspeitos ou confirmados.
Também serão adquiridas 20 milhões de máscaras cirúrgicas e quatro milhões de máscaras hospitalares do tipo N95 para os serviços de saúde. Além disso, serão contratados cinco mil novos médicos e mais mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
— Estamos nos preparando para ter um número adicional de leitos de UTI porque esses pacientes entram nos leitos e não saem rápido; eles ficam de três a quatro semanas. Como não há uma renovação na utilização desses leitos, eles vão se esgotando — explicou o secretário, que citou o exemplo da Itália, onde a falta de leitos foi um dos fatores que levaram a medidas drásticas de isolamento.
Com a decretação de pandemia pela OMS, Gabbardo afirmou que deixarão de ser feitas as ligações de casos com viagens, ou seja: os testes para a nova doença vão começar a ser feitos em todas as pessoas que apresentem os sintomas.
No caso de complicações, as pessoas serão tratadas nos hospitais com ventilação mecânica e outros recursos.
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