Com sobra de tempo e medo pelo emprego, povo come mais em casa e puxa o arroz e feijão
Arroz gaúcho começa a chegar no mercado e tem pressão positiva de alta (Imagem REUTERS/Paulo Whitaker)
O afastamento da maior parte dos brasileiros das ruas, mais o temor em relação ao emprego, tem dado suporte para que o consumo de determinados itens da cesta básica absorva a queda nos restaurantes e bares fechados. Do trivial brasileiro, o arroz e feijão vão bem com o povo comendo mais para passar o tempo.
O arroz em plena colheita acelerada no Rio Grande do Sul & dono da maior parte da produção nacional, 7 a 7,5 milhões de toneladas nesta safra -, começa a entrar em leve pressão de alta.
“A reposição das últimas compras para os períodos de isolamentos começou pela população, mesmo na quaresma”, analisa Vlamir Brandalizze, consultor.
Os preços para o produtor gaúcho variam de R$ 51,00 a R$ 57,00, leque amplo pela grande variedade de qualidade de rendimento que está chegando nos armazéns.
Já o feijão de segunda safra recém foi plantado no Paraná, grande produtor nacional, e o do Mato Grosso começa ser plantado no segundo semestre, de modo que há um buraco na oferta agora ante consumo firme nos lares.
O carioca de 8,5 a 9 de pontuação varia de R$ 320,00 a R$ 360,00 a saca, de acordo com o proprietário da Brandalizze Consulting. O tipo caupi, no Nordeste, bate em R$ 250,00.
Para o analista, “os preços devem estimular os produtores do Mato Grosso a plantarem mais no segundo semestre”, complementa o analista de analista de Curitiba.
Feijão preço também segue positivo, com preços chegando a R$ 250,00, no pico, para produto de qualidade e região de menor oferta disponível.
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