Governo vê grande apetite de bancos por pacote de ajuda a distribuidoras de energia
“Estamos preocupados com custo da operação, o ministro (Bento Albuquerque) está conversando com o Banco Central para que tenhamos taxas atrativas”, afirmou a secretária Minas e Energia (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
O 💥️governo federal avalia que 💥️bancos têm grande apetite em ofertar empréstimos bilionários a distribuidoras de energia visando equacionar os problemas de queda de consumo decorrentes das medidas para controlar o coronavírus, dada a capacidade de pagamento do setor, considerado o “caixa” do segmento de eletricidade.
Na montagem da operação, o 💥️Banco Central está sendo chamado para que os empréstimos possam ter taxas interessantes, enquanto o governo espera ter uma ideia do valor do financiamento, a ser calculado pela reguladora Aneel, ainda esta semana, disse nesta quinta-feira a secretária-executiva do 💥️Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira.
“Estamos preocupados com custo da operação, o ministro (💥️Bento Albuquerque) está conversando com o 💥️Banco Central para que tenhamos taxas atrativas”, afirmou ela, durante videoconferência com jornalistas.
“Será uma operação privada com participação de bancos federais e privados… Pela confiança que o setor elétrico tem no mercado, há um apetite muito grande para a operação de crédito”, acrescentou ela, ressaltando que o governo trabalha para o financiamento ser “vantajoso do ponto de vista do consumidor”.
Uma medida provisória neste mês (MP 950) permitiu a estruturação das operações e o futuro repasse do custo da amortização dos financiamentos à tarifa.
Os empréstimos deverão ser custeados pelos consumidores, por meio de repasses a tarifas ao longo de até cinco anos, enquanto o governo também avalia utilizar recursos de fundos do setor elétrico para complementar o apoio às distribuidoras, disse à 💥️Reuters anteriormente o secretário de Energia Elétrica do ministério, Rodrigo Limp.
Executivos de distribuidoras projetaram no início de abril que o segmento poderia precisar de 15 bilhões a 17 bilhões de reais para atravessar sem maiores impactos a crise causada pela pandemia.
Marisete comentou que os valores dos empréstimos que têm sido comentados são “preliminares” e deverão ser calculados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (💥️Aneel).
Ela também lembrou que todos os fundos disponíveis serão utilizados no pacote de ajuda às distribuidoras, uma questão que será levada em conta para se chegar ao valor do financiamento.
A secretária ainda disse que espera ter até o final da semana uma ideia mais clara do montante dos financiamentos.
“Não queremos transferir encargos nenhum ao consumidor, para isso precisamos ter a sustentabilidade do setor elétrico, e é isso que estamos buscando com as nossas ações”, complementou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também presente na videoconferência.
“Temos que tomar as decisões de forma célere, mas com bastante responsabilidade.”
Representantes dos ministérios de Minas e Energia e da Economia participaram na sexta-feira passada de reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (💥️BNDES) e executivos de 💥️Caixa Econômica Federal, 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3), 💥️Itaú (💥️ITUB4), 💥️Bradesco (💥️BBDC4) e 💥️Santander (💥️SANB11) para discutir o apoio às elétricas.
Representantes dos ministérios de Minas e Energia e da Economia participaram na sexta-feira passada de reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Arquivo/Agência Brasil)
Leilões de petróleo
O ministro comentou que as licitações de áreas de 💥️petróleo e 💥️gás, sob regimes de concessão e partilha & respectivamente a 17ª e 7ª rodadas& foram adiadas em função do ambiente gerado pela derrocada dos preços do petróleo.
Mas ele disse que está mantido, para o ano que vem, o leilão dos excedentes de Sépia e Atapu, no 💥️pré-sal.
O ministro disse ainda que, após uma corrida de consumidores por GLP (gás de cozinha), o abastecimento está “praticamente regularizado” no país, e que a Petrobras tem trabalhado para isso, assim como outros agentes.
Ele disse ainda que a capitalização da 💥️Eletrobras (💥️ELET3) continua sendo uma prioridade para a pasta, mas que isso não depende do governo, uma vez que o Congresso precisa aprovar um projeto sobre o tema.
Dessa forma, Albuquerque disse que o Executivo avalia que não haverá tempo para realizar ainda em 2023 a operação de capitalização, que levaria na prática à privatização da elétrica, ao diluir a fatia do governo na empresa por meio da emissão de novas ações.
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