PGR vai investigar troca de chefe da PF do Rio anunciada por Bolsonaro
A troca confirmada pelo presidente foi um dos primeiros atos do novo diretor-geral da PF (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)
A💥️ Procuradoria-Geral da República vai investigar os motivos que levaram à troca do superintendente da 💥️Polícia Federal no 💥️Rio de Janeiro, Carlos Henrique de Oliveira, mudança que foi confirmada esta manhã pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista, segundo a Secretaria de Comunicação Social da PGR.
Essa investigação vai ocorrer no âmbito do inquérito, aberto na semana passada pelo ministro 💥️Celso de Mello, do 💥️Supremo Tribunal Federal (STF), que apura as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública 💥️Sergio Moro de que o presidente 💥️Jair Bolsonaro tentava interferir politicamente no comando da 💥️PF.
A troca confirmada pelo presidente foi um dos primeiros atos do novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, que assumiu o cargo na véspera em cerimônia fechada com Bolsonaro e outras autoridades.
Oliveira deverá assumir a o cargo de diretor-executivo da PF, espécie de número 2 da instituição.
No pronunciamento que fez no último dia 24, quando pediu demissão do cargo, Sergio Moro relatou que houve intenção de Bolsonaro em trocar o chefe da PF no Rio, Estado que é a base eleitoral do presidente e sua família. Mas Moro disse na ocasião que não via “sinceramente” motivo para essa substituição.
A assessoria de comunicação da PGR explicou que não há como investigar os fatos do inquérito sem analisar a troca na chefia da PF no Rio. Entretanto, não haverá um ato formal específico sobre o assunto.
Souza virou chefe da PF após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ter barrado na semana passada a posse de Alexandre Ramagem para o comando da corporação policial. Moraes entendeu que havia indícios de que a nomeação de Ramagem poderia levar Bolsonaro a interferir em investigações.
Moraes entendeu que havia indícios de que a nomeação de Ramagem poderia levar Bolsonaro a interferir em investigações (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O novo diretor-geral era braço-direito de Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Após o depoimento de Moro no sábado no âmbito do inquérito, no qual citou ministros que teriam tido conhecimento das pressões de Bolsonaro sobre a PF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu uma série de diligências.
Aras quer, por exemplo, que os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, deponham no processo, além de ter arrolado para falar seis delegados da PF e requerido a realização de perícia no celular do ex-ministro para tentar confirmar as alegações dele.
O procurador-geral não se opõe à divulgação da íntegra do depoimento prestado por Moro no sábado, medida que foi sugerida pela defesa do ex-ministro nesta segunda. Cabe a Celso de Mello avaliar se aceita essa e as demais diligências requeridas pela PGR.
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