Governadores devem ir à Justiça para não cumprir decreto de atividades essenciais, diz Bolsonaro
“Os governadores que não concordam com o decreto podem ajuizar ações na Justiça ou, via congressista”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que os governadores que se recusarem a incluir academias, salões de beleza e barbearias nas atividades essenciais estão afrontando o estado democrático e terão que entrar na 💥️Justiça para não cumprir seu decreto.
“Os governadores que não concordam com o decreto podem ajuizar ações na Justiça ou, via congressista, entrar com projeto de decreto legislativo. Afrontar o estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo no Brasil”, escreveu o presidente em suas redes sociais.
Depois da publicação do decreto, na noite de segunda-feira, pelo menos 10 governadores se manifestaram publicamente afirmando que não iriam segui-lo, entre eles os do 💥️Maranhão, 💥️Flávio Dino (PCdoB), Pará, 💥️Helder Barbalho (MDB), e 💥️Ceará, 💥️Camilo Santana (PT). Os três Estados estão com suas zonas metropolitanas em lockdown & a forma mais restrita do isolamento& desde a semana passada por estarem com os sistemas de saúde próximos ao colapso.
O governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), que planeja a abertura do comércio a partir da semana que vem, informou também que não incluirá essas atividades no relaxamento. Desde o início estava prevista que ambas, além de restaurantes, ficariam de fora. O governador do 💥️Rio de Janeiro, 💥️Wilson Witzel (PSC), afirmou que o presidente “caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós”, e reafirmou que as medidas de isolamento não serão flexibilizadas.
Os governadores se baseiam em decisão do plenário do 💥️STF que entendeu que cabe a Estados e municípios determinarem o que pode ou não abrir durante os períodos de isolamento social para conter o avanço da Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus e que já matou mais de 11 mil pessoas no Brasil.
No Twitter, o presidente justificou o decreto afirmando que sua intenção é “atender milhões de profissionais, a maioria humildes, que desejam voltar ao trabalho e levar saúde e renda à população”.
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