As oportunidades e riscos do novo ano segundo 25 gestores &
Miguel Maya, CEO do Millennium BCP
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✅💥️Que fatores vão marcar a economia no próximo ano e que riscos e oportunidades antevê para o seu setor?
O ano de 2025 será muito marcado pela imprevisibilidade, pois há vários cisnes negros que se podem materializar. Será também um ano de esperança, dado que na encruzilhada em que nos encontramos haverá que fazer escolhas com impacto na vida das pessoas. Como acredito que a edução tem uma influência relevante na qualidade das escolhas que fazemos estou confiante que a humanidade saberá escolher caminhos de evolução para um mundo mais global, mais diverso e mais equilibrado, caminho esse que será percorrido passo a passo a um ritmo mais lento do que cada um de nós ambicionaria.
Destaco três eventos que vão marcar a economia global em 2025:
💥️A Transição energética e descarbonização: o avanço das metas de descarbonização, especialmente nas principais economias será um fator crucial. A aceleração da transição para energias renováveis, o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia e a implementação de políticas ambientais rigorosas irão impactar os padrões de investimento. Saliento ainda, pela importância extrema que tem para Portugal, as estratégias de adaptação face ao inevitável aquecimento global que recrudescerá nas próximas décadas e a maior frequência de fenómenos climáticos extremos, bem como o imperativo de uma gestão mais eficiente da água.
💥️A evolução da inteligência artificial: A integração da inteligência artificial continuará a transformar os setores produtivos. As mudanças nos mercados de trabalho, a redistribuição de cadeias de valor e as novas oportunidades de crescimento económico terão implicações muito relevantes no tecido empresarial. O resultado será muito positivo, mas o caminho é difícil e haverá que assegurar a proteção dos que não se conseguirão adaptar.
💥️O princípio da reinvenção das democracias liberais: os partidos políticos moderados ao procurarem agradar a todos, colocando sistematicamente no topo da agenda as atuações com efeitos no curto prazo, estão a falhar nas transformações necessárias para assegurar de forma sustentável o progresso económico e social, elementos que, a par da liberdade, constituem a própria essência da democracia. Não perspetivo que em 2025 se encontrem soluções, mas estou convicto que o debate sobre os caminhos possíveis vai ganhar tração.
No que diz respeito à evolução da economia portuguesa, destacaria:
💥️A importância de concretizar o PRR: a aplicação eficaz dos fundos europeus será essencial para modernizar infraestruturas, acelerar a transição energética e a digitalização e fomentar a inovação.
A relevância que o Turismo e a dinamização do setor de serviços terão para se alcançar o desempenho perspetivado nas projeções económicas, com todas as implicações ao nível das contas públicas, do rating da República e da capacidade de assegurar a rede de proteção social. A trajetória de redução da divida pública em % do PIB deverá manter-se ou mesmo ser reforçada, pois um país que depende muito de um setor deve ser mais prudente do que países que têm uma economia mais diversificada.
💥️Aumento das exportações: A evolução saudável da economia portuguesa dependente da nossa capacidade de reforçar as exportações, pelo que é imperativo manter uma preocupação permanente com a redução dos custos de contexto e com os incentivos à inovação, de modo a assegurar que as empresas têm capacidade para serem competitivas à escala global, o que é ainda mais relevante quando dois dos nossos mercados principais, Alemanha e França, enfrentam dificuldades complexas de superar.
Quanto ao setor financeiro, que se encontra robusto em termos de capital e liquidez, o grande desafio será o de saber lidar com um contexto económico volátil, de modo a continuar a estar ao lado das empresas e das famílias, como tem estado ao longo dos últimos anos.
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