E-commerce da Via Varejo tem batismo de fogo com Covid-19, e impõe respeito

Marketplace da Via Varejo e-commerce

Marcas fortes: marketplace da Via Varejo cresceu 130% em abril e impressionou analistas (Imagem: Divulgação/Via Varejo)

A esta altura, você já sabe que a 💥️Via Varejo 💥️(VVAR3) lucrou R$ 30 milhões no primeiro trimestre, revertendo as perdas de R$ 50 milhões de um ano atrás. Já viu, também, que as ações reagiram favoravelmente no pregão de hoje (14).

Então, vamos ao que interessa: a pandemia de 💥️coronavírus provou que a companhia está pronta para brigar, de igual para igual, no varejo online.

A avaliação é compartilhada por todos os analistas que já se pronunciaram sobre seu desempenho, desde a divulgação do balanço, na noite de ontem (13). O consenso representa uma mudança digna de nota do mercado, que desconfiava que a Via Varejo tivesse demorado demais para entrar no 💥️e-commerce.

De um lado, os analistas viam nativas digitais, como o 💥️Mercado Livre 💥️(MELI34) e a 💥️B2W (BTOW3), consolidarem suas posições no varejo digital. De outro, o 💥️Magazine Luiza 💥️(MGLU3) acelerava o passo na direção de se tornar uma empresa multiplataforma, ou omnichannel, no jargão do setor.

Alguns analistas, inclusive, já ignoravam a Via Varejo como um ator relevante neste mercado, e 💥️esperavam uma guerra entre o Magazine Luiza, o Mercado Livre e a B2W.

Força das circunstâncias

Mas, eis que a pandemia de coronavírus impõe o fechamento de lojas físicas e o isolamento social. E a empresa reage com força. “Acreditamos que a Via Varejo está rapidamente encurtando o gap existente entre ela e os principais players do canal online”, afirma Georgia Jorge, que assina o relatório do 💥️BB Investimentos.

Georgia acrescenta que tal avanço “traz maior segurança quanto à sua capacidade de ser um grande ominicanal do varejo, focado também em soluções digitais como meios de pagamento e super app.”

Em relatório obtido pelo 💥️Money Times, o 💥️UBS vai na mesma linha, ao destacar o forte crescimento das vendas online da empresa. Além de lançar um novo app (o Via+), os canais já existentes apresentaram um salto nas últimas semanas.

Casas Bahia, controlada pela Via Varejo

Próximos capítulos: novo app para celulares, mais integração de ferramentas e crédito pré-aprovado para os clientes estão no forno (Imagem: Facebook/Divulgação/Casas Bahia)

O canal 1P (venda online direta, em que o consumidor adquire produtos do estoque da Via Varejo) cresceu 260% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2023. Já o marketplace (3P) aumentou 130%.

Nele, outras empresas utilizam o ambiente criado pela companhia para vender seus produtos aos clientes, e a Via Varejo recebe uma comissão.

Para o 💥️Credit Suisse, é hora de todos prestarem atenção na concorrência da Via Varejo no mundo digital. Victor Saragiotto e Pedro Pinto, que assinam o relatório conseguido pelo 💥️Money Times, afirmam que “o abrupto crescimento das vendas online, em abril, provavelmente chamará a atenção dos investidores, que poderiam começar a incluir a Via Varejo na cesta do e-commerce”.

Os analistas acrescentam que ainda há um longo caminho pela frente, mas “a disposição da companhia em preservar seu capex para a transformação digital e os resultados já entregues nos deixam bem otimistas.”

Roteiro

Parte desse caminho já está mapeado e deve ser percorrido nos próximos meses, ainda sob o impacto da quarentena. Guilherme Assis e Felipe Reboredo, que respondem pelo relatório do 💥️Banco Safra, observam que a Via Varejo divulgou também um plano para o varejo digital, que será iniciado em 60 dias.

Ele prevê uma série de melhorias e novos serviços e funcionalidade para os clientes, maior integração entre os estoques dos canais 1P e 3P, com o objetivo de aumentar o poder de vendas de sua equipe, histórico de compras dos clientes e crédito pré-aprovado, entre outros.

“Também destacamos a rápida adaptação ao cenário da Covid-19”, acrescentam os analistas. Para se ter uma ideia, ferramentas simples, como uma hashtag no WhatsApp (#mechamanozap), permitiram que seus vendedores continuassem atendendo, mesmo em casa.

Segundo a Via Varejo, o resultado foi alcançar 70% da meta de vendas em abril, mesmo com 80% das lojas fechadas. Se havia alguma dúvida de que a Via Varejo não está no mundo digital para brincar, os números são um bom argumento para os rivais (e analistas) mudarem de ideia.

O que você está lendo é [E-commerce da Via Varejo tem batismo de fogo com Covid-19, e impõe respeito].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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