Governo quer aporte do Tesouro em fases em programa de crédito para empresas médias

Dinheiro

Para cada 1 real colocado no fundo, a conta é que o crédito será alavancado em 5 reais (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A equipe econômica estuda um aporte em fases pelo 💥️Tesouro ao Fundo de Garantia de Investimentos (FGI) do 💥️BNDES, dentro de ação para impulsionar o crédito para empresas médias, de forma a evitar o erro do programa de financiamento à folha, o Pese, que foi aprovado com orçamento de peso, mas que não tem sido procurado como o esperado.

Segundo duas fontes da equipe econômica, a ideia é que a liberação seja feita em tranches de 5 bilhões de reais, até um total de 20 bilhões de reais.

Para cada 1 real colocado no fundo, a conta é que o crédito será alavancado em 5 reais, já que o governo entrará com garantia de parte das eventuais perdas com inadimplência.

Por isso, a expectativa é que até 100 bilhões de reais sejam ofertados pelas instituições financeiras às médias empresas, que têm enfrentado dificuldades em tomar empréstimos diante do aumento da aversão a risco pelos bancos.

Pelo desenho na mesa, os recursos poderão ser usados para capital de giro para negócios com faturamento anual de até 300 milhões de reais.

A intenção é que o novo programa seja publicado via Medida Provisória, disseram as duas fontes, que falaram sob condição de anonimato.

Dentro da equipe econômica, há uma avaliação unânime de que o Pese, de financiamento à folha de pagamento, foi mal dimensionado. Voltado para pequenas empresas, com faturamento anual de 360 mil reais a 10 milhões de reais, ele conta com um orçamento de 40 bilhões de reais, dos quais 34 bilhões de reais do Tesouro e 6 bilhões de reais dos bancos.

Até agora, pouco mais de 1% desse total foi acessado.

Nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o programa está em revisão, já que ele não será executado plenamente como aprovado.

A contrapartida para o financiamento à folha por até dois meses no âmbito do programa é que as empresas não demitam pelo mesmo prazo.

Segundo 💥️Mansueto, as empresas estão relutando em tomar empréstimos pela obrigação de manter os empregados depois. Isso porque elas não querem se comprometer em função das incertezas da crise.

O secretário do Tesouro também citou como empecilho o impedimento que havia para as empresas fecharem o financiamento caso tivessem dívidas junto à Previdência. Esse entrave caiu com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra.

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