Centro financeiro de Londres volta a ganhar vida

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Equipes de limpeza esfregam maçanetas das portas e lustram o chão nos saguões dos bancos, com o cheiro de desinfetante chegando até a rua (Imagem: Reuters/Henry Nicholls

Há sinais de vida na 💥️City of London.

Corretores e operadores agora já podem comprar café na recém-aberta rede Pret a Manger, mas só para levar. Jardineiros preparam canteiros de flores ao redor da estátua do Duque de Wellington, com vista para a estação de metrô Bank, no coração do distrito financeiro.

Equipes de limpeza esfregam maçanetas das portas e lustram o chão nos saguões dos bancos, com o cheiro de desinfetante chegando até a rua.

Nas últimas 11 semanas, o centro financeiro da Europa contava apenas com minúsculas equipes, principalmente nas mesas de trading de alta velocidade, difíceis de executar em casa.

Agora, com as escolas do Reino Unido programadas para abrir em fases na próxima semana e lojas não essenciais em 15 de junho, a Square Mile está pronta para retomar os negócios.

A esperança é que, em breve, a City of London não mais se pareça com cenário de filme sem utilidade e mais o local movimentado que há muito tempo atrai empreendedores do mundo todo.

A volta do setor financeiro dos home offices às torres de vidro e aço é vital para a saúde do Reino Unido. O setor financeiro contribui com cerca de 7% do 💥️PIB do país e, antes da paralisação da economia global, gerava superávit comercial anual de 44 bilhões de libras (US$ 55 bilhões).

Mas trazer as pessoas de volta parece ser muito mais complicado do que colocá-las para trabalhar em casa. No 💥️HSBC e 💥️UBS, por exemplo, a maioria dos funcionários não deve retornar no futuro próximo; da mesma forma que na unidade de gestão de ativos do 💥️Deutsche Bank em Londres.

A decisão vai ser bem recebida por quem não quer enfrentar o transporte público: apenas um em cada quatro funcionários de escritórios quer voltar em tempo integral, de acordo com pesquisa realizada neste mês pela YouGov e encomendada pela empresa de software Okta.

Perguntas espinhosas

À medida que a crise entra na próxima fase, líderes do setor financeiro enfrentam questões espinhosas muito além de sua zona quantitativa de conforto de balanços e indicadores de preço/lucro. Dean Proctor, diretor-presidente da Seven Investment Management, diz que gostaria de trazer aos escritórios entre 10% e 25% da força de trabalho de 225 pessoas em Londres no início de junho.

“Temos que mudar o pensamento das pessoas de como sobreviver para como podemos prosperar neste período”, diz Proctor, cuja empresa administra 14 bilhões de libras em ativos.

“Também temos que entender como nossos funcionários estão posicionados: com quem estão vivendo? Existem familiares de alto risco ou vulneráveis? Vão usar transporte público para chegar ao trabalho? Isso vale a pena? Esse é o dilema.”

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