Alguns tipos de emprego podem desaparecer na Itália
A Itália, um dos epicentros originais do vírus na Europa, iniciou uma quarentena regional no final de fevereiro, antes de expandir a medida para todo o país no início de março (Imagem: Pixabay)
A💥️ Itália precisa treinar novamente os trabalhadores, e não apenas protegê-los se quiser se recuperar dos possíveis danos estruturais causados ao mercado de trabalho pela pandemia de 💥️coronavírus, disse Andrea Malacrida, responsável pela unidade italiana da empresa de emprego temporário Adecco.
De uma força de trabalho de aproximadamente 23 milhões na Itália, cerca de 3 milhões de contratos não foram renovados, principalmente em setores como 💥️turismo, entretenimento e áreas similares afetadas pela paralisação de empresas e restrições de mobilidade no país, disse Malacrida, cuja empresa possui 350 escritórios na península.
Segundo ele, o impacto sobre contratos temporários foi devastador. “Agora, o importante é seguir em frente, não basta oferecer afastamento temporário ou distribuir ajuda, precisamos treinar as pessoas, criar habilidades e crescimento para substituir empregos que não retornarão.
Até agora, o governo não fez o suficiente nessa frente e isso pode voltar a nos assombrar no futuro”, afirmou Malacrida.
A Itália, um dos epicentros originais do vírus na Europa, iniciou uma quarentena regional no final de fevereiro, antes de expandir a medida para todo o país no início de março.
O governo começou a relaxar as restrições no mês passado. O fechamento de empresas levou a uma queda de 5,3% do PIB no primeiro trimestre, e uma retração muito mais profunda é esperada nos três meses até junho.
“Haverá alguns novos empregos disponíveis, por exemplo, pessoas para gerenciar o novo normal com o vírus, medir temperaturas, garantir que as pessoas sigam as instruções e garantir a logística no novo ambiente”, disse o CEO da Adecco Group Italy. “Algumas áreas estão crescendo como on-line e, claro, entregas de todos os tipos.”
Desde março, o governo italiano aprovou dois pacotes de estímulo fiscal no valor total de 75 bilhões de euros (US$ 85 bilhões) para apoiar empresas e trabalhadores prejudicados pela pandemia.
Líderes no país reconheceram que mais ajuda pode ser necessária, especialmente para manter programas de demissão temporária.
“Existem casos em que a digitalização realmente reduziu a força de trabalho, as pessoas perceberam que atividades realizadas nos escritórios podem ser executadas remotamente ou que uma equipe de 12 pessoas pode se tornar uma de 50 on-line e estão demitindo funcionários.
Talvez não precisem mais alugar grandes escritórios, podem alugar apenas um andar”, afirmou. “Essas são mudanças que podem ser duradouras.”
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