Relatório revela represamento de recursos autorizados contra a covid-19
O auxílio financeiro a estados, municípios e ao Distrito Federal, por exemplo, foi o que menos atingiu os objetivos: apenas 3% (Imagem: REUTERS/Adriano Machado
O terceiro relatório semanal da comissão mista do 💥️Congresso Nacional que acompanha os gastos do 💥️governo federal com a pandemia de💥️ covid-19 revela um baixo aproveitamento dos recursos já autorizados para ações de combate ao novo coronavírus.
O auxílio financeiro a estados, municípios e ao Distrito Federal, por exemplo, foi o que menos atingiu os objetivos: apenas 3% (R$ 1,97 bilhão) de um total de R$ 76,19 bilhões autorizados foram efetivamente pagos.
Dados mais atualizados da Consultoria de Orçamento da 💥️Câmara dos Deputados mostram que, do total de R$ 404,18 bilhões previstos para gastos com a pandemia, menos da metade, R$ 175,7 bilhões (43,48%), foram efetivamente pagos.
Também tiveram baixa execução orçamentária a ampliação do Programa Bolsa Família — com apenas 9% do total de R$ 3 bilhões efetivamente aplicados — e despesas adicionais do Ministério da Saúde e dos demais ministérios — foram pagos apenas R$ 12,94 bilhões (26%) dos R$ 49,87 bilhões previstos.
💥️Crédito para empreendedores
O relatório aponta ainda a dificuldade de pequenos e médios empreendedores de conseguirem crédito para manter os seus negócios abertos e preservar empregos.
Dos R$ 40 bilhões previstos para financiar a folha de pagamentos de pequenas e médias empresas, por dois meses, pouco mais de R$ 2,6 bilhões chegaram efetivamente às mãos dos empresários.
O texto menciona críticas de microempreendedores, com faturamento anual abaixo de R$ 360 mil, que não foram sequer contemplados pelo Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese).
A expectativa, segundo o relatório, é que as alterações previstas na Medida Provisória (MP)💥️ 975/2020, publicada em 2 de junho, associadas a aperfeiçoamentos promovidos por deputados e senadores, sejam capazes de diminuir o “empoçamento” dos recursos dentro do sistema financeiro, liberando o acesso para o setor produtivo.
A MP, que institui o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, aguarda votação na Câmara dos Deputados.
A ideia é ampliar as garantias e reduzir o risco assumido pelas instituições financeiras autorizadas a operar os financiamentos, como bancos privados, bancos regionais e agências estaduais de fomento.
Além de criar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, que aumenta em R$ 20 bilhões a participação do governo federal no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), a MP 975/2020 modifica o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe, instituído pela 💥️Lei 13.999, de 2023) para ampliar, de 85% para 100%, a garantia de todas as operações de crédito realizadas por meio do programa.
O presidente da comissão mista do Congresso que acompanha os gastos do governo federal com a pandemia de covid-19 é o senador Confúcio Moura (MDB-RO) e o relator é o deputado Francisco Jr. (PSD-GO).
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